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Agrometeorologia avalia o fenômeno El Niño na safra de trigo do Rio Grande do Sul

por Grupo Ceres
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Com a chegada do inverno, especialistas estão preocupados com o impacto potencial do fenômeno climático El Niño na safra do Rio Grande do Sul. Gilberto Cunha, agrometeorologista da Embrapa Trigo de Passo Fundo, compartilhou sua visão em entrevista ao Grupo Ceres.

Segundo Cunha, há uma certa apreensão por parte dos produtores em relação ao retorno do fenômeno El Niño no segundo semestre de 2023. Ele ressaltou que os anos de El Niño geralmente trazem chuvas acima da média durante a primavera, o que pode afetar negativamente a produção de cultivos de inverno. Embora o retorno do El Niño seja uma possibilidade, as instituições meteorológicas indicam uma probabilidade acima de 90% de sua ocorrência. Portanto, é importante estar atento a essa questão.

O agrometeorologista também abordou os possíveis impactos do El Niño na agricultura. Ele explicou que o fenômeno é recorrente e seus efeitos dependem da configuração e intensidade específicas. Embora haja previsões de um El Niño forte, os principais impactos serão observados nas chuvas da primavera, especialmente em novembro. Isso requer atenção por parte dos produtores para evitar frustrações em relação ao desempenho das safras.

Em relação ao trigo, Cunha destacou que o Brasil está otimista devido às boas safras anteriores, influenciadas pelo fenômeno La Niña, que já encerrou seu ciclo. O país tem registrado rendimentos produtivos satisfatórios e bons resultados econômicos. No entanto, o especialista ressaltou a importância de monitorar tanto as condições climáticas quanto o mercado para evitar expectativas frustradas. Ele afirmou que o Brasil tem potencial para alcançar e superar a produção de 10 milhões de toneladas de trigo, caminhando em direção à autossuficiência.

No Rio Grande do Sul, as expectativas são de, pelo menos, manter a estabilidade na safra de trigo 2023. De acordo com as projeções a área de cultivo no estado permanecerá entre 1,4 milhões e 1,5 milhões de hectares. No entanto, essas estimativas estão sujeitas à confirmação efetiva do fenômeno El Niño. Isso traria diferentes potencialidades para os cultivos de inverno nesse período.

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