Jovens que fazem parte do Programa Aprendiz Cooperativo no Campo da Cotrijal visitaram as propriedades rurais dos associados de Não-Me-Toque, Altemir Celso Rambo, Luiz Carlos Schuster e Marcos Antonio Van Riel, na tarde de quarta-feira (17). O objetivo da visita a campo foi aprofundar de forma prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Os anfitriões explanaram ao grupo detalhes sobre o manejo da criação de aves e suínos, tambo leiteiro de gado Jersey e de gado Holandês.
Professor da disciplina de Cadeia Produtiva de Leite, Carnes e Derivados, o médico veterinário e advogado Kristian Kissmann, destacou que atividades externas, com visitas a propriedades, mostra também a importância de se realizar a sucessão familiar rural. “Aqui os alunos têm a oportunidade de perguntar, tirar suas dúvidas com produtores reais, que vivenciam os mesmos desafios que eles. Assim descobrem na prática que ter mais de uma atividade garante maior lucratividade, para se manter na propriedade com amor pelo trabalho que desenvolvem”, apontou.
Otavio Mikael Gniech, de Não-Me-Toque, 16 anos, é um dos jovens do Programa. Filho de produtor, apaixonado pelo ofício, ele tem a certeza do que quer para o futuro: permanecer no campo. “Eu estou muito contente com as aulas. Estão nos alertando sobre várias questões importantes para que tenhamos subsídios para permanecer no campo. Quero me aperfeiçoar, estudar em uma escola técnica e auxiliar a minha família”, afirmou.
O produtor rural, associado e conselheiro fiscal da Cotrijal, Luiz Carlos Schuster, recebeu os alunos em sua propriedade. Com 28 anos na atividade, ele aconselhou os jovens sobre a resolução de conflitos entre gerações, para uma sucessão da propriedade tranquila e segura. Também falou sobre o manejo com gado leiteiro, hoje com 20 animais da raça Jersey em lactação. “É enriquecedor esta troca de experiencias. Acho que a parte prática acrescenta muito aos alunos”, apontou.
Na propriedade, Schuster trabalha com grãos e leite, sendo 47 hectares de área própria e arrendada dedicados a lavoura e, em média, 7,8 hectares por ano para o gado de leite. Para ele, o diferencial, que faz atingir alta produtividade, é a atenção dada pela assistência técnica da Cotrijal. “As duas atividades têm o mesmo peso na propriedade. O leite dá o sustento mensal, para cobrir as despesas do dia-a-dia. Já o resultado do grão é para investimentos e negócios maiores. Temos uma estrutura enxuta, com apenas um colaborador, por sorte, meu filho está começando a me ajudar e acompanhar os negócios da família”, ressaltou.
Franciele Eduarda Garmatz tem 17 anos e também participa do Programa Aprendiz Cooperativo no Campo da Cotrijal. Satisfeita, ela diz que tem implantado aos poucos os ensinamentos que aprendeu nas aulas na propriedade da família. “Espero que no futuro, ao lado da minha irmã, possamos progredir nos negócios e poder ampliar também os lucros, com novas fontes de renda. Hoje a propriedade conta com produção de grãos e gado de corte e leiteiro para consumo”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa Cotrijal