Os pequenos estudantes da Escola Municipal de Ensino Infantil Professora Marisa Margarina, localizada em Santo Antônio do Planalto, já estão descobrindo que não existe idade certa para começar a fazer o bem. Tendo entre 4 e 5 anos, as crianças integram uma iniciativa da instituição que busca arrecadar materiais escolares para destinar às pessoas atingidas pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul desde abril.
A diretora da EMEI, Rose Arent, compartilha detalhes sobre a ação: “Sabemos que as crianças, mesmo pequenas, são afetadas emocionalmente por eventos como esse. Queremos oferecer um espaço seguro para que possam expressar suas emoções e solidariedade. Pedimos aos pais e familiares que contribuam enviando itens escolares, roupas e brinquedos que não estão sendo utilizados. Queremos proporcionar um pouco de conforto e alegria para essas crianças em meio a essa situação tão difícil”, ressalta a professora.
A administração municipal mobilizou, também, funcionários da Secretaria de Obras para o município de Roca Sales. Lá, foram enviados equipamentos essenciais, como retroescavadeira, carregadeira e caminhão, para auxiliar na remoção do lodo e na limpeza da cidade afetada. “Agora, acreditamos que é hora de nos preocuparmos com as crianças, que enfrentam uma situação indescritível. Por isso, lançamos o projeto visando atender às crianças desabrigadas”, afirma a diretora, ressaltando a importância de garantir dignidade e apoio às crianças afetadas pela tragédia. Além disso, a comunidade escolar está promovendo atividades terapêuticas, como o desenho, para que as crianças possam expressar seus sentimentos em relação à tragédia.
Diante da magnitude da tragédia, a mobilização e solidariedade da comunidade de Santo Antônio do Planalto se destacam como exemplos de empatia e união em momentos de adversidade. “O nosso município arrecadou muitos alimentos, móveis, geladeiras, camas, colchões. Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecer a todos os santoantonienses que contribuíram para ajudar os municípios assolados por essas enchentes”, destaca Rose, enfatizando o papel fundamental da comunidade local.
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