O estado do Rio Grande do Sul já destinou R$ 10,7 milhões com o intuito de diminuir as filas de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse montante corresponde à primeira parcela dos R$ 32,2 milhões prometidos pelo governo federal para possibilitar a realização de 17,4 mil procedimentos cirúrgicos, além de exames e consultas, nos hospitais gaúchos ao longo de 2023. Nos últimos anos, a espera por esses tipos de procedimentos aumentou devido ao foco no combate à covid-19. Atualmente, no estado do Rio Grande do Sul, há uma quantidade represada de 180 mil intervenções.
Os recursos federais são gerenciados pelo Estado, no valor de R$ 4,9 milhões, e pelos municípios, no valor de R$ 5,8 milhões. A distribuição desses recursos ocorrerá por meio da assinatura de termos aditivos ao contrato de prestação de serviços com os 51 hospitais integrantes do Plano Estadual de Redução das Filas.
O processo está em andamento, e o governo estadual não estabeleceu um prazo para a conclusão do acordo entre as partes envolvidas. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), os contratos estão sendo tramitados para que os hospitais possam iniciar os primeiros procedimentos, sendo que o maior volume está previsto para o segundo semestre. No entanto, não há impedimento para que as cirurgias sejam realizadas imediatamente. Essas ações são planejadas em conjunto com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS) e são pactuadas na Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Se a meta for cumprida, estima-se que haverá uma redução de 16% na fila de cirurgias eletivas, que são aquelas com agendamento prévio e não são de urgência ou emergência, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Atualmente, o Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição entre os estados com maior fila nesse tipo de procedimento, com um total de 108 mil procedimentos represados, ficando atrás apenas de Goiás, que possui 126 mil, e São Paulo, com 111 mil.
Texto com informações GauchaZH
