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Aumenta para 22 o número de mortes por leptospirose em razão das enchentes no Estado

por Daiane Giesen
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O número de mortes por leptospirose relacionadas às enchentes de maio no Rio Grande do Sul aumentou para 22, segundo informe epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). A vítima mais recente residia em Porto Alegre, onde já foram registrados quatro óbitos. Outros seis casos fatais estão sob investigação.

Desde o início da catástrofe, foram notificadas 6.042 suspeitas de leptospirose, com 469 casos (7,8%) confirmados por teste. Além de Porto Alegre, os óbitos ocorreram em Novo Hamburgo (2), Alecrim, Charqueadas, Rio Grande, Pelotas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada e Viamão.

A leptospirose é uma doença bacteriana infecciosa aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados. A bactéria pode estar presente na água contaminada ou lama, com alagamentos aumentando a chance de infecção. Os sintomas surgem de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo demorar até 30 dias. Entre os principais estão febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, especialmente na panturrilha, e calafrios.

A orientação à população é buscar atendimento médico logo nas primeiras manifestações. Nos locais sem serviços de saúde, a recomendação é procurar profissionais em abrigos ou ginásios. Profissionais de saúde devem estar atentos a sintomas como tosse, falta de ar, alterações urinárias, vômitos frequentes, icterícia, escarros com sangue, arritmias e alterações no nível de consciência.

A doença apresenta elevada incidência em áreas alagadas, com risco de letalidade de até 40% nos casos mais graves. A população deve evitar contato com água de enchentes, usando luvas, botas ou sapatos impermeáveis, e nunca ingerir água ou alimentos possivelmente contaminados. Se houver contato com água ou lama e sintomas aparecerem, a recomendação é procurar uma unidade de saúde imediatamente.

Pacientes com sintomas compatíveis e que vieram de áreas alagadas devem iniciar tratamento imediato e coletar amostras a partir do 7º dia dos sintomas, enviando o material ao Laboratório Central do Estado.

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