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Suspeitos por explosões que mataram mais de 80 pessoas são presos conforme o Irã

por Vandonei Ceres
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O ministro do Interior do Irã disse nesta sexta-feira (5), que vários suspeitos foram presos pelos ataques reivindicados pelo Estado Islâmico nesta semana. As ações terroristas deixaram 84 mortos. Imagens da TV estatal do país mostraram multidões cantando “vingança, vingança” nos funerais na cidade de Kerman, palco das explosões na última quarta-feira (3), os ataques mais sangrentos do tipo no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.

O ataque aconteceu durante o memorial para o comandante Qassem Soleimani, que foi assassinado no Iraque em 2020 por um drone dos EUA. As explosões desta semana ocorreram quando as tensões regionais aumentaram e a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza se aproximou da marca de três meses. O ministro do Interior, Ahmad Vahidi, disse à TV estatal que vários suspeitos foram presos.

“As agências de inteligência competentes do nosso país encontraram pistas muito boas sobre os elementos envolvidos nas explosões terroristas em Kerman e uma parte daqueles que tiveram um papel neste incidente foram presos”, disse ele sem elaborar.

O Estado Islâmico disse na quinta-feira (04) que dois de seus membros detonaram cinturões explosivos na multidão que se reuniu para o memorial de Soleimani na cidade do sudeste. “Vamos encontrá-los onde quer que estejam”, disse o comandante da Guarda Revolucionária, Major-General Hossein Salami, no funeral no centro religioso Imã Ali de Kerman.

“Nossos inimigos podem ver o poder do Irã e o mundo inteiro conhece sua força e capacidade”, disse o presidente Ebrahim Raisi em um discurso televisionado. “Nossas forças decidirão sobre o lugar e o tempo para agir”.

Em 2022, o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por um ataque mortal a um santuário xiita no Irã que matou 15 pessoas, enquanto ataques anteriores reivindicados pelo Estado Islâmico incluem bombardeios em 2017 que visaram o parlamento do Irã e o túmulo do fundador da República Islâmica, Ayatollah Ruhollah Khomeini.

Fonte: CNN

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