Os argentinos voltam às urnas neste domingo (19), no segundo turno da eleição presidencial, para escolher entre o governista Sergio Massa (Unión por la Patria) e o libertário Javier Milei (La Libertad Avanza) para comandar o país pelos próximos quatro anos.
A disputa é uma das mais acirradas dos últimos anos no país, com cenário incerto que deve ser decidido voto a voto.
Milei lidera as intenções de votos, segundo as pesquisas eleitorais. Na última sexta-feira (10), a Atlasintel, apontou que ele tinha 52,1% contra 47,9% de Massa – com margem de erro de um ponto percentual.
O cenário representa uma possível virada, já que Massa liderou o primeiro turno, em 22 de outubro, com 36,69% dos votos. Enquanto Milei ficou em segundo lugar, com 29,99%.
Em 13 de agosto, nas primárias argentinas, que indicam quais candidatos podem disputar o primeiro turno, Milei havia sido o mais votado do país, com quase o mesmo percentual de votos conquistados em 22 de outubro.
Uma das leituras possíveis para a eventual virada se dá ao apoio a Milei da terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que teve 23,84% dos votos.
Ao discursar após ser derrotada, Bullrich fez críticas a Massa e ao atual governo da Argentina, sinalizando que não o apoiaria. Nos dias seguintes, ela declarou apoio a Milei, apontando-o como a mudança necessária para derrotar o kirchnerismo (vertente política de esquerda, do atual governo e representada por Massa).
“Vote sem medo. Vote pela mudança na sua vida, não pela continuidade de quem encheu o bolso destruindo o país”, escreveu Bullrich em uma rede social, compartilhando outra publicação de Milei.