O destino dos 120 reféns israelenses que ainda estão em poder do Hamas na Faixa de Gaza é crucial a qualquer acordo para encerrar o prolongado e sangrento conflito entre Israel e o grupo terrorista. No entanto, um alto oficial do Hamas disse que “ninguém tem ideia” de quantos deles ainda estão vivos e que qualquer acordo para libertá-los deve incluir garantias de um cessar-fogo permanente e a retirada completa das forças israelenses de Gaza.
A declaração foi dada pelo porta-voz do Hamas e membro do bureau político, Osama Hamdan, em entrevista à CNN em Beirute, no Líbano. Ele disse que a última proposta de cessar-fogo – um plano israelense que foi anunciado publicamente pelo presidente dos EUA, Joe Biden, no final do mês passado – não atendia às demandas do grupo terrorista para o fim da guerra.
Hamdan afirmou que o Hamas precisava de “uma posição clara de Israel para aceitar o cessar-fogo, uma retirada completa de Gaza, e deixar os palestinos determinarem seu futuro por si mesmos, a reconstrução, o levantamento do cerco”.
As negociações sobre a proposta apoiada pelos EUA se intensificaram nos últimos dias, mas parecem ter parado na quarta-feira (12), depois que o Hamas apresentou uma resposta ao documento, 12 dias após recebê-lo pela primeira vez.
Segundo os EUA, o grupo apresentou “numerosas mudanças” para o acordo. Hamdan declarou que o governo norte-americano precisa convencer Israel a aceitar um cessar-fogo permanente.
Ele classificou o ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel, que desencadeou a atual guerra em Gaza, de “uma reação contra a ocupação israelense”. Na ocasião, foram mortas mais de 1.200 pessoas, e os terroristas levaram cerca de 250 pessoas como reféns para a Faixa de Gaza.
O plano de cessar-fogo apoiado pelos EUA foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) na segunda-feira (10).