Professores do ensino pré-escolar são os profissionais com curso superior menos bem remunerados no Brasil, conforme apontado por um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O estudo, conduzido pela economista e pesquisadora Janaína Feijó a partir de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), coletados no segundo trimestre deste ano em todo o Brasil, analisou as informações de pessoas que trabalham em empresas privadas, em ocupações que exigem ensino superior. A partir disso, listou as profissões citadas com maiores e menores salários no Brasil.
O rendimento médio dos professores de pré-escola, segundo a pesquisa, é de R$ 2.285 mensais. Na sequência, aparecem outros profissionais de ensino, com salários de R$ 2.554, além de professores de artes, de música e do ensino fundamental.
Outras profissões que estão na lista de menores salários são: físicos e astrônomos, assistentes sociais, bibliotecários e fonoaudiólogos.
Por outro lado, o ranking das ocupações mais bem pagas inclui médicos especialistas, com salários de mais de R$ 18 mil, matemáticos, geólogos, engenheiros mecânicos e desenvolvedores de software.
A pesquisadora da FGV também analisou os salários dessas profissões em relação a 2012. O estudo mostrou que o rendimento médio dos professores apresentou um crescimento real ao longo da última década, mas que a profissão continua sendo mal remunerada.
O salário dos médicos especialistas, por sua vez, apesar de ser o maior da lista, caiu 13% nos últimos anos.
Já os desenvolvedores de páginas de internet e multimídia tiveram a maior valorização salarial nesse período, apresentando um rendimento médio 91% maior do que há dez anos.