Imagine trabalhar em colaboração com especialistas na área que você está pesquisando e ainda poder estudar em um país completamente diferente do seu. Essa é a oportunidade que os intercambistas Dominik Neumann e Ajith Sivakumar, estudantes da Universität Münster, na Alemanha, estão vivendo. No Brasil desde julho, os dois são mestrandos e vivenciam uma experiência inédita na Universidade de Passo Fundo (UPF): em parceria com a Stara, estão desenvolvendo suas pesquisas no Programa de Pós-Graduação em Projeto e Processos de Fabricação (PPGPPF) e colocando em prática na empresa, em Não-Me-Toque, onde estão morando.
Ao longo de quatro meses, Domink terá a missão de desenvolver um modelo de maturidade abrangente e adaptado ao processo de Planejamento de Vendas e Operações (S&OP), reconhecendo seu papel fundamental na harmonização de demanda e oferta por meio de previsão de demanda e planejamento operacional para garantir a satisfação final do cliente. “O processo de S&OP é complexo, exigindo colaboração contínua entre vários departamentos de uma organização e um fluxo de dados robusto. Devido à sua importância, tanto a pesquisa quanto a prática industrial buscam continuamente abordagens inovadoras para aprimorar esse processo”, explica o estudante.
Domink conta que escolheu o Brasil por ser um país conhecido por sua riqueza cultural e espírito vibrante. Na opinião dele, em um mundo cada vez mais interligado, a busca pelo conhecimento não conhece fronteiras. “Essa crença motivou minha decisão de embarcar em uma jornada de enriquecimento acadêmico no Brasil. Ao escolher o país como destino para estudar no exterior, pretendo não apenas adquirir uma educação de qualidade mundial, mas também mergulhar em uma sociedade diversificada e dinâmica”, destaca o mestrando, ressaltando que a escolha pela UPF também não foi apenas acadêmica. “Para mim, é uma oportunidade para promover amizades duradouras, obter uma compreensão profunda dos desafios globais e desenvolver competências interculturais que me serão úteis. Estou entusiasmado com o crescimento pessoal, as conquistas acadêmicas e as lembranças para toda a vida que me aguardam aqui”, completa.
Assim como Dominik, Ajith também considera que sua experiência no Brasil e na UPF tem sido incrivelmente enriquecedora. Na Stara, o mestrando está trabalhando em sua pesquisa, cujo tema é “Aprimorando a Eficácia Geral do Equipamento por meio de Manutenção Prescritiva Integrada e Simulação de Produção”. “Em termos mais simples, estou explorando formas de aumentar a eficiência de equipamentos e máquinas, combinando técnicas de manutenção preditiva com modelos de simulação de produção. O objetivo é reduzir o tempo de inatividade e aumentar a produtividade geral nos processos de fabricação”, explica.
Ajith escolheu o Brasil para desenvolver sua pesquisa devido ao seu próspero setor industrial e aos diversos desafios de fabricação. “Entre as universidades do Brasil, selecionei a UPF por seus programas acadêmicos de alto nível em engenharia e oportunidades de pesquisa colaborativa com parceiros da indústria como a Stara. A minha universidade na Alemanha, a Universidade de Münster, também influenciou significativamente a minha decisão de escolher a UPF. A combinação entre excelência acadêmica e aplicação prática fez da UPF a escolha perfeita para meus estudos de mestrado”, garante.
Experiência de sucesso
Já há quase dois meses no Brasil, os dois estudantes afirmam que a experiência tem sido um sucesso. “O projeto de pesquisa em que estou envolvido na Stara é genuinamente cativante. Eles têm me dado um apoio incrível, garantindo que eu tenha todos os recursos necessários para avançar com minha pesquisa de maneira eficaz. Também agradeço à UPF por seu apoio consistente. Eles forneceram assistência prática, incluindo aulas de língua portuguesa, o que é imensamente útil para minha integração na comunidade local”, ressalta Dominik.
O mesmo é pontuado por Ajith: “Tive a oportunidade de trabalhar em estreita colaboração com especialistas na área, ganhar experiência prática com desafios industriais do mundo real e mergulhar na vibrante cultura brasileira. O ambiente acadêmico favorável e a calorosa hospitalidade das pessoas tornaram a minha estadia aqui gratificante, tanto academicamente como pessoalmente”, finaliza o estudante.
Intercâmbio qualifica processos na academia e na indústria
Assim como para os estudantes, o resultado dessa parceria também se reflete no ambiente acadêmico da UPF e no dia a dia da Stara. Na UPF, os estudantes são orientados pelo professor Dr. Charles Israel e, na opinião dele, esta é uma parceria importante, visto que a Alemanha é reconhecida mundialmente pela sua excelência em engenharia, inovação e tecnologia. “É realmente importante promover o intercâmbio acadêmico para permitir a troca de conhecimentos e experiências entre estudantes brasileiros e estrangeiros, como os da Alemanha. No passado, já enviamos alunos para desenvolverem projetos de pesquisa e desenvolvimento na Alemanha e agora, através da parceria com a empresa Stara, recebemos os alunos dos pós-graduação”, pontua.
Para o coordenador do PPGPPF, professor Dr. William Haupt, o intercâmbio é de fundamental importância para o Programa e para a UPF em duas perspectivas: na internacionalização e na experiência para os alunos do programa gerado por este contato com os estudantes alemães. “A parceria entre UPF, Stara e a Universidade de Münster se mostra muito relevante no cenário nacional e internacional com o avanço de novas tecnologias na indústria agrícola de precisão. Ela permite a inserção de estudantes da UPF nos estudos desenvolvidos e no avanço tecnológico das indústrias com uma experiência de internacionalização, gerando grandes avanços no conhecimento gerado pela integração Universidade/Empresa”, frisa o professor.
De acordo com o Diretor Manufatura da Stara, Lucas Arend, a presença dos intercambistas na empresa, além de aprimorar processos também promove o enriquecimento cultural dos funcionários e de pessoas da comunidade de Não-Me-Toque. “A Stara sempre foi aberta a inovações e tecnologias, a experiência tem sido exatamente como imaginávamos: o Dominik e o Ajith estão nos ajudando a melhorar processos, mas principalmente trazendo um pouco da cultura deles, do conhecimento. Isso amplia a visão de todos, traz novidades e agrega valor. Além, claro, de estimular que nossos colegas aprendam novos idiomas, uma vez que a comunicação com eles é feita em inglês ou alemão. Então, tem sido uma experiência bem interessante”, finaliza.
Texto: UPF
