O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal realizaram, nos dias 30 e 31 de agosto, as primeiras transferências entre bancos públicos utilizando o Drex, o novo real digital. Essa operação financeira ocorreu no ambiente de testes do Banco Central (BC).
Inicialmente, os valores em moeda digital foram transferidos da carteira do Banco do Brasil para a Caixa. Em seguida, a Caixa enviou esses valores de volta para a carteira do Banco do Brasil.
O Drex está em processo de implementação pelo BC e ainda não possui um cronograma oficial de lançamento. A expectativa é que essa nova moeda seja disponibilizada ao público no final do próximo ano.
Maria Rita Serrano, presidente da Caixa, expressou entusiasmo pelos resultados positivos até o momento e pelo potencial das moedas digitais e das transações ágeis. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, destacou que o Drex representa um passo importante em direção a um sistema financeiro mais eficiente, aproveitando a tecnologia blockchain e a tokenização.
O projeto do Drex também inclui a compra e venda de títulos públicos em parceria com o Tesouro Nacional, permitindo que o real digital seja utilizado nesses processos.
Além disso, a chegada do Drex deverá proporcionar acesso a novos serviços financeiros digitais, como contratos inteligentes (smart contracts), bem como ser utilizado em empréstimos, seguros e investimentos.
Na prática, o Drex funcionará como uma extensão das cédulas físicas emitidas pelo BC, mantendo os mesmos fundamentos e políticas econômicas para garantir seu valor e estabilidade.
A autoridade monetária destaca a importância da interoperabilidade com os meios de pagamento existentes para facilitar o uso do Drex pela população.
A Caixa espera que a introdução do Drex resulte em melhorias e redução de custos nos serviços financeiros, como a previsão de financiamento imobiliário em questão de horas, graças à tokenização do dinheiro e dos imóveis.