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Banco Central quer que clientes tenham acesso a diferentes bancos no mesmo app

por Daiane Giesen
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O mercado financeiro está ativamente desenvolvendo os “agregadores financeiros”, frequentemente referidos como “super aplicativos”, com o objetivo de consolidar as informações financeiras pessoais de vários bancos em uma única plataforma. Essa iniciativa foi revelada por Roberto Campos Neto, o Presidente do Banco Central (BC), o banco central do Brasil.

Campos Neto indicou que há uma expectativa de que esses tipos de aplicativos estejam disponíveis nos próximos dezoito meses, por volta do final de 2024. É importante notar que o mandato de Campos Neto como chefe do BC será concluído até o final do ano seguinte. Ele já confirmou sua decisão de não permanecer na instituição em 2025.

Explicando o conceito, Campos Neto afirmou: “As pessoas terão seus dados financeiros de vários bancos consolidados em uma única ferramenta. Atualmente, ao gerenciar pagamentos de cartão de crédito, as pessoas se deparam com vários planos de parcelamento como ‘dois de três’ ou ‘cinco de oito’, o que resulta em confusão sobre o valor total devido. Com o agregador financeiro, os usuários simplesmente pressionarão um botão e seu fluxo de caixa completo será apresentado, semelhante à forma como as empresas gerenciam suas finanças. Essa funcionalidade estará acessível para os consumidores individuais.”

O agregador financeiro é um passo adicional na progressão do “open banking” (ou open finance), uma plataforma desenvolvida colaborativamente por participantes do sistema financeiro. Essa plataforma permite que os clientes compartilhem seus dados bancários e histórico de transações tanto com bancos tradicionais quanto com empresas de tecnologia financeira (fintechs).

O objetivo geral dessa iniciativa é fomentar uma maior concorrência no setor bancário.

Em junho, Otavio Damaso, Diretor de Regulação do BC, elucidou: “As instituições financeiras provavelmente adotarão esse produto. A cada dia que passa, essas aplicações acumulam mais informações, produtos e serviços, tanto próprios quanto de terceiros. O conceito de ‘open finance’ aprimora esse processo em benefício do consumidor. Se um consumidor mantém contas em vários bancos diferentes, ele poderá reunir todas as suas informações em um único local centralizado.”

No ano passado, Campos Neto enfatizou que não é mais razoável esperar que as pessoas gerenciem diversos aplicativos para acessar informações e serviços de várias instituições financeiras.

O Banco Central confirmou que não são necessárias medidas regulatórias adicionais para os agregadores financeiros, pois as regulamentações existentes no âmbito do open finance já facilitam o desenvolvimento desse tipo de produto.

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