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Volume de fusões e aquisições de empresas brasileiras aumenta no segundo trimestre

por Daiane Giesen
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O mercado de fusões e aquisições de empresas brasileiras voltou a crescer no segundo trimestre de 2024, retomando a trajetória de recuperação iniciada no segundo semestre do ano passado. De acordo com um levantamento da KPMG, foram registradas 426 operações entre abril e junho, o maior número em um trimestre nos últimos dois anos.

Depois de uma queda de 5,9% no primeiro trimestre, as aquisições envolvendo companhias brasileiras aumentaram 16,7% na comparação do último dado trimestral com o mesmo período do ano passado. Com isso, o primeiro semestre de 2024 encerrou com 776 transações, representando um crescimento de 5,3% em relação aos primeiros seis meses de 2023.

A maior parte das operações realizadas no segundo trimestre – cerca de 60% – foram domésticas, ou seja, entre empresas brasileiras. No entanto, as aquisições por empresas estrangeiras também tiveram uma participação significativa, representando 28% do total.

Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de fusões e aquisições da KPMG no Brasil, atribui o novo pico de operações às oportunidades criadas pela desvalorização cambial, que torna o valor das empresas brasileiras mais atrativo em dólar. “Temos visto vendas realizadas no momento de estresse, por empresas com dificuldade em ir ao mercado para captar dívida, e acabam sendo vendidas. Então, temos visto acontecer mais deals de oportunidade”, explica Coimbra.

Outro fator impulsionador foi a percepção dos investidores de que os juros não cairiam tanto quanto o esperado, levando muitos a desistirem de esperar pelo melhor momento para sair dos negócios. Esse cenário propiciou que as transações fossem concretizadas a preços mais baixos do que os ofertados nas mesas de negociação até seis meses atrás.

“Quando eu falo que a transação está mais atraente para quem está comprando, é porque tem uma pressão maior em cima do vendedor. O momento está mais favorável para quem é comprador e para quem tem liquidez”, acrescenta o sócio da KPMG.

Coimbra também destacou que a tendência é de um bom movimento de fusões e aquisições nos próximos trimestres, já que muitas operações estão represadas. O estudo da KPMG considera acordos superiores a R$ 50 milhões.

Esse aumento no volume de fusões e aquisições sinaliza um ambiente de negócios mais dinâmico e um mercado mais aquecido, proporcionando novas oportunidades tanto para empresas brasileiras quanto para investidores estrangeiros interessados no país.

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