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Não-Me-Toque enfrenta déficit de R$ 11 milhões nas contas públicas devido às enchentes

por Daiane Giesen
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As enchentes que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul nas últimas semanas deixaram um rastro de destruição não apenas em termos físicos, mas também financeiros. Em Não-Me-Toque se estima um déficit significativo em suas contas públicas. De acordo com o Secretário de Finanças, Fernando Alberton, a perda de arrecadação do município pode chegar a R$ 11,5 milhões até o final do ano.

Alberton explicou que a queda de arrecadação já foi sentida na última semana, quando houve uma redução de 26% no retorno de impostos para o município. “Estamos em um segundo momento, apurando os números e analisando o impacto nas contas públicas em todos os níveis – federal, estadual e municipal. O orçamento municipal é especialmente enxuto e qualquer perda tem um grande impacto”, disse Alberton.

O Secretário destacou que as estimativas foram fornecidas pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), que indicou um déficit de R$ 3 bilhões em arrecadação para o estado como um todo. A previsão é que Não-Me-Toque sofra uma queda de R$ 11,5 milhões em receitas até o final do ano, o que exige uma reavaliação das prioridades e gastos do município.

Em resposta a essa nova realidade, o prefeito Gilson dos Santos, Maninho, convocou uma reunião com os secretários municipais para discutir a situação e delinear estratégias. Uma nova reunião aconteceu nesta sexta-feira (24), onde foram apresentados projetos de investimentos já ajustados à nova realidade financeira. Alberton adiantou que a Administração manterá as prioridades e que os serviços essenciais não serão afetados. “Vamos seguir com o que foi planejado até o momento e evitar novas contratações. Será uma medida preventiva para ajustar o orçamento”, explicou.

Para 2025, Alberton destacou que ainda é cedo para fazer previsões financeiras concretas. “Este ano já esperávamos uma queda de 10 a 15% na arrecadação devido à situação da agricultura, e agora, com as enchentes, essa retração será ainda maior”, disse ele.

O secretário também expressou preocupação com a falta de apoio emergencial do governo federal. Apesar das reuniões e expectativas criadas pela Associação dos Municípios do Alto Jacuí (AMAJA), até o momento, não houve anúncios concretos de ajuda financeira. “Precisamos de recursos livres para os municípios, especialmente para manter serviços essenciais a longo prazo”, afirmou Alberton.

A Administração Municipal de Não-Me-Toque está tomando medidas para garantir a continuidade dos serviços essenciais e ajustar os projetos de investimentos à nova realidade financeira, demonstrando um esforço conjunto para superar os desafios impostos pelas enchentes.

Ouça a entrevista:

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