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Comunidade de Não-Me-Toque comemora os 75 anos da imigração holandesa

Evento contou com participação de autoridades locais e homenageou famílias tradicionais

por Tainá Binelo
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O domingo, 30 de junho, foi repleto de orgulho e alegria para a comunidade de Não-Me-Toque: ocorreu durante o dia, a celebração dos 75 anos de imigração holandesa para a cidade. Organizado pela Associação Holandesa local, o evento contou com um público de cerca de 200 pessoas, comitiva da Sociedade Cultural Holandesa de Ijuí, além de diversas autoridades – Prefeito Municipal, Gilson dos Santos, Maninho; Vice-Prefeito, Gilson Lari Trennepohl, e Vanise Fritzen, presidente da Câmara de Vereadores. 

Para os participantes, o encontro foi, também, um momento de reviver histórias, tanto por meio de conversas, quanto por refeições típicas e atividades esportivas. Presidente da Associação, Teodora Souilljee Lutkemeyer, a atividade celebrou, ainda, os grandes avanços realizados por meio dos imigrantes holandeses. “É um momento histórico, já que podemos comemorar e celebrar com aproximadamente 30 imigrantes pioneiros que vieram para Não-Me-Toque a partir de 1949. Muita luta, muito trabalho, muita superação. Por isso, hoje tentamos fazer um evento à altura de tudo aquilo que os pioneiros sofreram, labutaram, assim como todos os imigrantes, tanto alemães como italianos, cada um com seu contexto, com suas dificuldades”, aponta. 

A representante afirma que vários setores foram favorecidos pela chegada do povo holandes. “A imigração holandesa tem essa referência de ser destaque na agricultura, na indústria, na tecnologia, trazendo o desenvolvimento não só para nossa cidade, como para o Brasil inteiro. Não-Me-Toque é uma pequena grande cidade porque tem pessoas empreendedoras”, comenta Teodora. 

Foto: GCC

Raízes que semearam a região 

Além de marcarem presença no evento, o Prefeito Municipal, Gilson dos Santos, Maninho, e o Vice-Prefeito, Gilson Lari Trennepohl, também celebraram orgulhosamente as marcas deixadas pelos imigrantes holandeses na comunidade de Não-Me-Toque e região. 

Maninho parabeniza a comunidade pelas décadas de trabalho e pelos grandes investimentos. “É com satisfação que estamos aqui prestigiando e homenageando os imigrantes holandeses que tanto contribuíram para a economia, para o desenvolvimento e, também, para a cultura da nossa cidade. Temos raízes muito fortes aqui e grandes fatos que aconteceram através deles. As nossas maiores indústrias hoje são oriundas de pessoas com essa descendência – Jan e Stara. Temos 200 pessoas aqui nesse salão hoje, comprovando a importância do evento”, frisou o administrador público. 

  Descendente de holandeses, o Vice-Prefeito e também Diretor Presidente do Grupo Ceres de Comunicação, lembrou com estima os momentos em que também competiu pela Associação da cidade. “Eu fico muito feliz, porque fazem 44 anos que eu estou participando de um modo ou de outro. Uma época eu jogava e ganhei muitos títulos pela associação. Fui 13 vezes campeão de futebol de salão, título que eu acho difícil que alguém vai conseguir superar. Além disso, ficamos com pessoas de mais idade e ouvimos as histórias deles. Vemos que eles estão felizes de ter vindo para o Brasil. Se você perguntar para um holandês aqui se ele voltaria para a Holanda, talvez dos 100 presentes, um diria isso. Os outros 99 vão dizer que o Brasil é tão maravilhoso, que eles criaram seus filhos e criaram raízes aqui”, comentou alegremente.

– É uma etnia que migrou para o sul do Brasil e que hoje tornou Não-Me-Toque como a sexta colônia holandesa do Brasil. – detalhou Trennepohl. “O mais importante aqui é estar em um domingo para rever os amigos, as pessoas e parabenizar aqueles que saíram de além-mar para vir para cá. Épocas difíceis depois da Segunda Guerra Mundial, em que se passava fome na Holanda e que vieram para o Brasil na esperança de um país melhor e encontraram isso. Um país que tudo que se planta dá, tudo que se faz com amor é produzido. Claro que temos nossos problemas, mas sabemos que temos tudo e podemos ter ainda mais. Sabemos que aqui nossa agricultura é super pujante, que produz alimento para mais de um milhão e duzentos milhões de pessoas. Olha só que bacana!”, finalizou. 

O Zeskamp 

As competições esportivas feitas durante o evento são um “aquecimento” para um encontro ainda maior: o Zeskamp. “Vamos nos encontrar com as seis colônias que tem no Brasil, que é Não-Me-Toque, Holambra, Campos de Holambra, Arapoti, Castrolanda e Carambei. É um evento bem grande, que dura quatro dias, onde vários jogos ocorrem: vôlei, futsal, futebol, e até gincanas para as crianças. Hoje, estamos com uma espécie de treinamento para esse momento e também integrando nosso povo”, salientou Bruna Liske, organizadora da edição deste ano, que ocorrerá em Holambra, no estado de São Paulo, entre os dias 17 e 21 de julho. 

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