A comunidade científica brasileira está desenvolvendo uma nova abordagem para aplicação de vacinas, com uma contribuição importante da ciência para tornar o processo mais confortável. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em colaboração com cientistas de diversas universidades do Brasil estão trabalhando em testes de um produto inovador que pode eliminar a necessidade de seringas e agulhas na aplicação de vacinas. Trata-se de um adesivo minúsculo, com aproximadamente 5 mm de tamanho.
Inicialmente, o produto foi testado em peles humanas e animais provenientes de um banco de pele internacional. Os resultados foram promissores, uma vez que não foram observadas irritações, alergias ou inflamações. O próximo passo consiste em realizar o mesmo teste em animais vivos. Nessas duas etapas iniciais, os cientistas não aplicaram o imunizante no adesivo. O objetivo é verificar se o produto é seguro e não possui características tóxicas.
Caso os resultados dos testes em animais vivos sejam bem-sucedidos, essa nova abordagem poderá representar um avanço significativo na aplicação de vacinas, tornando o processo mais simples, indolor e menos intimidante para as pessoas. Além disso, a eliminação do uso de seringas e agulhas também pode facilitar a distribuição e administração de vacinas em larga escala, contribuindo para a ampliação da imunização em todo o país.
O adesivo possui micro agulhas de menos de 1 mm. A intenção é que, no contato com a pele, a pessoa não sinta nenhum incômodo, muito menos dor. Ele vai poder ser aplicado em qualquer parte do corpo e, para ter efeito, só pode ser retirado depois de uma hora. No entanto, ainda são necessárias mais etapas de pesquisa e testes antes que o adesivo possa ser implementado em larga escala como uma alternativa à aplicação tradicional de vacinas.
Segundo a Anvisa, não há, no Brasil, vacinas registradas na forma de adesivo para aplicação em humanos e ainda não existe previsão de quando os adesivos imunizantes vão estar disponíveis no mercado.