O engenheiro agrônomo chefe do escritório da Emater/RS de Não-Me-Toque, Vinícius Toso, a partir da avaliação de campo, projeta uma safra superior ao do ano anterior podendo chegar em algumas áreas superar 70 sacas por hectare.
A média geral estimada oficialmente pela entidade é de 65 sacas. O município tem uma área cultivada da oleaginosa de 22.300 mil hectares. A estimativa é supera das últimas duas safras que sofreram com a escassez hídrica reduzindo o potencial produtivo na região. No comparativo com a safra anterior, são 20 sacas a mais.
Segundo o agrônomo, ocorreu uma grande divergência no potencial produtivo como nas lavouras na localidade de Linha São Paulo, uma projeção de baixa produtividade, e outras aéreas, como próximo de Carazinho, com alta capacidade produtiva.
“A estimativa é feita com o número de plantas que tem por hectare, número de vagem e de grãos que tem por vagem. Com isso temos uma avaliação do potencial produtivo”, menciona.
O produtor rural Silvio Van Vüght, com propriedade em Colônia Saudades, interior do município de Não-Me-Toque, aguarda uma melhor safra neste ano.
” Tivemos safras ruins recentemente, quase sem renda. As últimas foram devido a seca que prejudicou muito. Esperamos obter melhor resultado na produção neste ano”, comenta o produtor.
Ferrugem
Um dos grandes desafios do produtor foi vencer a ferrugem que impede a completa formação dos grãos, trazendo queda para produtividade das lavouras.
“Os produtores que conseguiram melhor resultado através do manejo vão conseguir produtividade melhor”, observa o agrônomo.
Sem deficiência hídrica as precipitações de chuva nas lavouras foram uniformes e não devem ser fator de impacto negativo.
“De maneira geral os produtores aplicam bom manejo, utilizam fungicidas bons, podendo superar em determinadas áreas superar 70 sacas”, completa.
Colheita
De acordo com o engenheiro agrônomo, o período atual mostra que a bastante lavouras entrando em maturação fisiológica. Isso pode trazer um panorama mais próximo, ou de duas semanas para o começo da colheita.
“Diria que grande parte das áreas estão entrando nesse cenário. Devido às chuvas em novembro, período com intensidade de plantio retardou um pouco o processo. Por isso, teremos uma colheita mais tarde”, completa.
Ouça entrevista com o agrônomo Vinícius Toso