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Safra de trigo em 2023 deve ser a segunda maior do Rio Grande do Sul

por Daiane Giesen
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A Emater-RS divulgou recentemente os números projetados para a safra de inverno no Rio Grande do Sul. O engenheiro agrônomo responsável pela Emater de Não-Me-Toque, Vinicius Toso, compartilhou que a a expectativa é de ter a segunda maior safra de trigo da história do Rio Grande do Sul. Isso se deve principalmente ao fato de que a safra de trigo de 2022 foi afetada pelo clima, com condições mais secas durante o inverno, o que favorece a redução de doenças nas plantas de trigo e contribui para uma maior produtividade.

No ano de 2022, a safra foi excepcional, resultando em uma safra recorde. “Se compararmos com a safra do ano passado, a projeção inicial de trigo por hectare é menor, devido ao desafio de igualar o alto nível produtivo do ano anterior. Portanto, a projeção é feita emrelação aos últimos 5 anos, o que é de uma redução de aproximadamente 14% em relação à safra passada”, destacou o engenheiro

Em relação à área plantada, o engenheiro agronomo mencionou que espera-se que permaneça estável em comparação com o ano anterior. A redução na área plantada é estimada em cerca de 15%, indicando uma estabilidade geral. Quanto à produtividade por hectare, a estimativa para este ano é de aproximadamente 50 sacos de trigo por hectare, enquanto no ano de 2022 foi de 58 sacos por hectare. Embora as culturas de inverno possam apresentar uma ligeira redução em relação ao passado, espera-se um aumento na produtividade das culturas de verão.

Vinicius também destacou as estimativas específicas para a safra em Não-Me-Toque e região, mencionando uma redução na área plantada de aproximadamente 5% a 10%. Entre os fatores que contribuem para essa redução, o baixo preço do trigo é citado como um dos principais. “O preço atual do trigo está em torno de 64 a 65 reais por saco no Rio Grande do Sul, em comparação com os 115 reais do passado. Além disso, a previsão de ocorrência do fenômeno El Niño é um fator que gera dificuldades, principalmente no florescimento do trigo, aumentando os desafios no controle de doenças”, ressaltou o engenheiro.

Por fim, o engenheiro agrônomo mencionou os investimentos e a importância da cultura de inverno para as lavouras. Ele acredita que os produtores não investirão em pacotes tecnológicos mais avançados devido ao baixo preço do trigo, optando por pacotes tecnológicos medianos. No entanto, ele ressaltou a importância de ter uma cobertura de inverno para corrigir a fertilidade do solo, planejar o plantio de culturas subsequentes, como a soja, e contribuir para o controle de plantas daninhas e a preservação dos nutrientes do solo. A cobertura do solo também é considerada um investimento valioso, uma vez que protege o solo contra a erosão e contribui para a ciclagem de nutrientes.

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