No domingo (10), o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou um repasse significativo de R$ 741 milhões em recursos para as cidades que foram impactadas pela passagem de um ciclone extratropical no estado do Rio Grande do Sul. Geraldo Alckmin sobrevoou as áreas afetadas pela enchente e fez uma visita à cidade de Muçum, que foi uma das mais afetadas pelas inundações.
De acordo com Alckmin, a região recebeu apoio substancial das Forças Armadas, com 900 militares, seis aeronaves, além de barcos, botes, tratores e caminhões do Exército. Um comando militar unificado sob a orientação do general Hertz Pires do Nascimento, comandante militar do Sul, foi estabelecido na área para coordenar as operações de socorro e recuperação.
O presidente em exercício também detalhou a alocação dos recursos para o estado da seguinte maneira, R$ 26 milhões via Ministério da Defesa para operações com helicópteros e reconstrução de pontes; R$ 80 milhões via Ministério da Saúde para reparos em unidades de saúde, reconstrução de hospitais e farmácias, criação de um hospital de campanha e operação da força nacional do Sistema Único de Saúde (SUS); R$ 16 milhões via Ministério dos Transportes para a reconstrução de uma ponte na BR-116 sobre o Rio das Antas; R$ 120 milhões via Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outros programas sociais; R$ 57,4 milhões via Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Receita Federal; R$ 195 milhões via Ministério das Cidades e Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a construção e reconstrução de moradias; R$ 185 milhões via Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a reconstrução de ruas, estradas e limpeza das cidades.
Um comitê interministerial também foi estabelecido para monitorar a situação das cidades afetadas pela enchente. Na comitiva presidencial que visitou o Rio Grande do Sul, estavam presentes oito ministros, José Múcio, Ministro da Defesa; Nísia Trindade, Ministra da Saúde; Waldez Góes, Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional; Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social; Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Jader Filho, Ministro das Cidades.
Alckmin, que estava atuando como presidente em exercício durante a visita de Lula à Índia, também anunciou a restauração da comunicação em todos os municípios afetados e a transferência de 13 terminais de satélite para ajudar essas cidades.
Um hospital de campanha foi montado em Roca Sales, uma das áreas mais atingidas pelo ciclone, e está em funcionamento desde domingo. Alckmin anunciou a disponibilização de 15 kits de medicamentos, cada um capaz de atender 1,5 mil pessoas por 30 dias.
Na sexta-feira, 8 de setembro, Alckmin já havia anunciado um repasse para as prefeituras das cidades afetadas pelo fenômeno natural, no valor de R$ 800 por pessoa afetada, com o objetivo de auxiliar no atendimento à população atingida. Esse repasse será realizado por meio do Ministério do Desenvolvimento Social.
O governo federal também informou que pagará às prefeituras gaúchas R$ 400 por pessoa desabrigada a partir de segunda-feira, 11 de setembro, com a possibilidade de dobrar esse valor para R$ 800 caso a situação de emergência persista. A estimativa é que cerca de 5 mil pessoas estejam desabrigadas na região.
