O consultor agronômico Robson Trentin, da empresa Sementes Roos, em entrevista ao Grupo Ceres de Comunicação, fez uma avaliação sobre a situação das lavouras de trigo na região. Atualmente o trigo na região encontra-se em dois estágios de desenvolvimento. As áreas de plantio mais cedo já estão em fase de alongamento, com o primeiro nó visível. Muitas dessas áreas estão prontas para a segunda aplicação de nitrogênio, além de requererem cuidados com doenças. Por outro lado, existem áreas que estão um pouco mais atrasadas e aguardam a chuva prevista para a próxima semana para receberem a aplicação de nitrogênio.
Robson ressaltou a importância do clima frio e da chuva no atual momento para o cultivo do trigo. O frio é essencial para o perfilhamento das plantas, especialmente na fase inicial, quando a primeira aplicação de nitrogênio é necessária. Além disso, ele alertou para a necessidade de atenção especial nas lavouras mais adiantadas, pois começam a surgir doenças como a ferrugem e a mancha, que podem comprometer significativamente o rendimento da colheita. Com a expectativa de um clima chuvoso na segunda metade do ano, as doenças foliares e de espiga podem se tornar prejudiciais, exigindo um manejo cuidadoso para garantir a produtividade das lavouras. O consultor enfatizou a importância de os produtores consultarem regularmente os agrônomos que os assistem e monitoram as lavouras, a fim de tomar decisões mais assertivas durante o processo de cultivo.
Quanto à perspectiva de colheita, Robson explicou que a duração do ciclo depende da época de plantio e da cultivar utilizada, variando em torno de noventa dias, com expectativa de início das colheitas em novembro. As áreas mais tardias devem iniciar a colheita por volta do dia dez ou quinze de novembro. De acordo com dados divulgados pelo Governo do Estado, a área plantada representa em torno de 1,7% a 2% a menos do que no ano anterior. A expectativa é de uma safra robusta, próxima à do ano passado, que bateu recordes no estado.
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