Segundo o Censo divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de moradores por domicílio no Brasil diminuiu de 3,31 em 2010 para 2,79 em 2022. Esses dados indicam que, em média, as famílias brasileiras estão mais reduzidas em tamanho.
De acordo com o levantamento, o IBGE registrou mais de 90 milhões de domicílios, o que representa um aumento de 34% em relação ao número de aproximadamente 67,6 milhões registrado em 2010. Essas informações ressaltam que houve um aumento significativo no número de residências no país.
A série de dados revela que a média de moradores por domicílio no Brasil tem apresentado uma queda constante desde o Censo de 1980 até o mais recente, realizado em 2022. Essa tendência está associada ao perfil das famílias, uma vez que residências com casais e filhos, ou outros tipos de arranjos familiares, têm se tornado menos comuns.
Apesar da diminuição no número médio de pessoas por domicílio em todo o país, persiste uma desigualdade regional significativa nessa densidade. No estado do Amazonas, a média alcança 3,64 pessoas por lar, enquanto no Rio Grande do Sul esse número cai para 2,54. Na capital Porto Alegre, a média é ainda menor, com apenas 2,37 pessoas por domicílio.
Essas informações iniciais oferecem uma visão do Brasil após a pandemia de COVID-19. A coleta de dados para o censo deveria ter sido realizada em 2020, porém a crise sanitária e o impasse orçamentário com o governo federal, durante a gestão de Jair Bolsonaro, resultaram em atrasos. O último Censo foi realizado em 2010, e desde então o instituto vinha utilizando projeções para estimar o tamanho da população brasileira.
