A Casa de Cultura Dr. Otto Stahl é o local que abriga todo o acervo histórico do município de Não-Me-Toque. No entanto, devido às más condições da casa atual, está em processo de mudança para um novo local. Essa mudança é necessária para garantir a preservação e segurança dos materiais históricos, dessa forma, a história e a memória da cidade poderão ser preservadas para as gerações futuras.
Em entrevista para o Grupo Ceres de Comunicação, a artista plástica e responsável por essa mudança, Sra. Lizelote Batistella falou sobre esse processo de encaixotamento e o cuidado com o acervo. “Nós estamos chegando no final do empacotamento de todos os itens, como papéis, documentos, tudo está sendo guardado muito bem, encaixotado, seco, esperando pra vir pra essa sala aqui para depois pra liberar a casa da cultura que atualmente não tem mais condições de receber visitantes,” frisa a artista plástica.
A Casa de Cultura irá transferir todos os seus itens para a sala atualmente ocupada pelo Grupo Ceres de comunicação, segundo explicado por Lizolete. Essa mudança é essencial para preservar a história da cidade, permitindo que esses itens sejam tratados adequadamente como objetos de museu. Além disso, a digitalização de documentos familiares, mapas, revistas e jornais auxiliará na preservação da história das famílias do Alto Jacuí. Essa medida permitirá que esses materiais sejam armazenados de forma segura na nuvem e disponibilizados para acesso público, garantindo a integridade desses documentos.
O acervo possui atualmente mais de dez mil itens, incluindo objetos antigos, documentos e mapas que retratam a história do município. No entanto, ainda há muito a ser descoberto e registrado. Por essa razão, após a transferência do acervo para a nova sala, as voluntárias e responsáveis estão abertas a receber doações de itens e documentos que possam contribuir para contar a história da região. É importante destacar que existe um parâmetro sobre o que pode ser doado, mas a documentação também pode ser digitalizada, caso as pessoas prefiram manter a posse dos originais. A participação da comunidade é crucial para resgatar a história de cada família, tornando-a acessível para futuras pesquisas. Como afirma Lizolete, “todas as pessoas que tiverem documentação podem nos ajudar a preservar a história de suas famílias e do município, proporcionando acesso para aqueles que desejam conhecer mais sobre a região”.