Agentes de saúde das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) e municipais receberam, nesta quarta-feira (9/11), capacitação prática para manusear as ovitrampas, armadilhas de ovos do Aedes aegypti. A atividade foi realizada em residências em Sapucaia do Sul, locais selecionados pela equipe do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). A estratégia está sendo implementada no Rio Grande do Sul, inicialmente em 23 municípios escolhidos por meio de critérios epidemiológicos e operacionais. A ideia é expandir o uso da estratégia para o restante do território gaúcho, mediante condições técnicas e treinamento das equipes.
A parte prática da capacitação faz parte de uma semana inteira de programação, iniciada na última segunda-feira (7/11), que inclui instruções de técnicos do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). José Bento Pereira Lima, pesquisador da Fiocruz, explicou que alguns municípios do Brasil já utilizam as ovitrampas há mais tempo, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mostrando-se como uma das estratégias mais sensíveis e eficientes para a detecção da presença do mosquito causador da dengue. “Essa é uma forma de direcionarmos corretamente as medidas de controle do inseto, onde realmente há circulação, e agir diretamente nos locais mais sensíveis para a proliferação do mosquito”, disse o pesquisador.
As ovitrampas são eficientes em captar a presença do Aedes aegypti mesmo em locais onde o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) não aponta infestação, explicou. O LIRAa é um dos indicadores utilizados para definir se um município é considerado ou não infestado pelo mosquito. Outra vantagem dessa tecnologia, explicou, é de ser barata e de fácil utilização. “Encontramos no Rio Grande do Sul equipes empenhadas e isso nos dá coragem para seguir em frente. Desejo que a implantação das ovitrampas seja um sucesso”, afirmou.
Fonte: Governo do RS.