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Pix dispara no e-commerce e deve sentenciar o fim dos pagamentos de compras por boletos

por Grupo Ceres
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Meio de pagamento já é aceito em 3 a cada 4 lojas virtuais do Brasil e traz duas vantagens ao vendedor: elimina a “quebra” de vendas comum nos boletos e garante dinheiro na hora

O Pix chegou ao mercado em 2020 como uma opção que daria fim às transferências bancárias por DOC e TED, facilitando os pagamentos entre pessoas. Com isso, as opções de envio de recursos, que antes garantiam receitas com tarifas aos bancos, viram sua importância cair bastante. Agora, o Pix pode fazer outras vítima, desta vez no e-commerce: o pagamento em boleto.

Segundo dados do BC (Banco Central), o Pix cresce consistentemente nos pagamentos entre pessoas e empresas, como as varejistas. Em setembro de 2022, o número de transações desse tipo era de 430 milhões, ante 130 milhões no mesmo período no ano passado – um salto de 225%.

O valor das transações cresceu menos, indicando maior participação de compras de pequeno valor. Ainda assim, o total quase dobrou em 12 meses e foi de R$ 48,9 bilhões para R$ 91,7 bilhões. No acumulado do ano, até setembro, o valor pago por Pix entre pessoas e empresas chega a R$ 680 bilhões e pode atingir R$ 1 trilhão até dezembro.

Por que o Pix é atrativo para o varejo

Para as varejistas, o Pix não só tem potencial para reduzir e até substituir integralmente o boleto, como também pode aumentar o número de vendas no comércio eletrônico e diminuir o abandono de compras. Os pagamentos com boletos bancários não são realizados em 50% das vezes, de acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Além disso, a falta de flexibilidade nos pagamentos pode levar a um carrinho abandonado. Segundo relatório da empresa de pagamentos Adyen, 52% dos consumidores brasileiros dizem que desistiram de fazer uma compra porque não podiam pagar do jeito que queriam.

O uso do Pix como meio de pagamento tem benefícios tanto para o consumidor quanto para as empresas. O processo de aprovação de compras é imediato, como acontece no cartão de crédito e geralmente há desconto no pagamento à vista. O crédito chega às companhias instantaneamente e com menos taxas.

Segundo dados do Estudo de Pagamentos GMattos, apenas dois anos após o lançamento, o Pix já divide o segundo lugar nas formas de pagamento, ao lado dos boletos. A aceitação do Pix tem potencial para chegar a 92% nos próximos anos, prevê a consultoria. Em janeiro de 2021, o Pix apresentava 16,9% de aceitação entre os comércios virtuais do Brasil; em julho deste ano, o índice alcançou 76,3%.

Fonte: O Sul

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