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Atividade industrial cresce 4,4% no primeiro semestre no Rio Grande do Sul

por Grupo Ceres
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O IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial) cresceu 1%, em junho, com ajuste sazonal, recuperando parte da queda de 2,5% de maio, aponta a pesquisa realizada pela FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).

O resultado mantém o nível de atividade do setor no RS 9,1% acima do patamar anterior ao da pandemia, em fevereiro de 2020, e encerra o primeiro semestre de 2022 com elevação de 4,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. “A indústria gaúcha mostrou forte expansão das exportações e se beneficiou do bom desempenho do agronegócio no primeiro semestre, apesar das restrições nas cadeias de suprimentos, da guerra da Ucrânia, da intensa elevação das taxas de juros, da inflação, e sobretudo, dos preços dos combustíveis”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Dos seis componentes do IDI-RS, cinco cresceram na passagem de maio para junho: faturamento real (1,1%), horas trabalhadas na produção (1,6%), emprego (1%), massa salarial real (0,3%) e compras Industriais (1%.). A exceção foi a utilização da capacidade instalada que caiu 1,3 ponto percentual, para 80,4%.

Na comparação com o mesmo mês de 2021, o IDI-RS subiu 4,4% em junho, na 22ª taxa positiva consecutiva. O mesmo resultado foi obtido no semestre em relação aos primeiros seis meses de 2021, com cinco dos seis componentes em alta.

O destaque positivo foram as horas trabalhadas na produção, que cresceram 9%. Contribuíram na mesma direção, o emprego (6,4%), a massa salarial real (6,8%), as compras industriais (3,9%) e o faturamento real (3,7%). A exceção foi a utilização da capacidade instalada (UCI), cuja média de 81%, em 2022, ficou 0,7 ponto percentual abaixo do primeiro semestre de 2021.

Em compensação, apenas sete dos 16 setores pesquisados registraram elevação no mesmo período. Quatro setores sustentaram a expansão da atividade nos primeiros seis meses de 2022: Máquinas e equipamentos, que subiu 10,9%; Couros e calçados, 11,2%; Veículos automotores, 13,6%; e Tabaco, 20,3%. Já as maiores influências negativas vieram de Produtos de metal, -3,3%; Móveis, -5,9%; e Metalurgia, -9,2%.

De acordo com o presidente da FIERGS, o cenário para o segundo semestre não é muito diferente do primeiro, sugerindo a continuidade do ritmo lento e irregular na atividade, com menores gargalos na cadeia produtiva, mas com os efeitos defasados dos juros mais altos e da incerteza maior à medida que as eleições se aproximam.

Fonte: Jornal O Sul.

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