A tarefa de quem administra uma casa de saúde nunca foi fácil, principalmente com relação ao atraso no repasse de verbas vindas do Governo Estadual, qual agravou e muito a situação financeira das casas de saúde.
Agora, com o contexto de pandemia, aumento de internações, dificuldade na aquisição de insumos e medicamentos, o jogo de cintura que tais administradores necessitam fazer é ainda mais exímio, para que os nosocômios não cessem o seus atendimentos.
Vez ou outra, com o auxilio de emendas parlamentares, há uma sobrevida financeira, porém, ainda aquém, do necessário para suprir totalmente as necessidades do caixa.
O atual administrador do Hospital Beneficência Alto Jacuí, de Não-Me-Toque, Paulo Cervi, bem como, o tesoureiro Gil Sé, trouxeram um parâmetro de como está à situação da casa de saúde neste momento.
De acordo com Cervi, a situação do Alto Jacuí, é igual à de outros hospitais filantrópicos do estado, qual até 90% dos seus atendimentos são ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Dentro deste contrato há metas a serem cumpridas e nesta situação em várias ocasiões há defasagem no repasse de valores. Ouça:
Para suprir esta diferença, a casa de saúde se beneficia de convênios, atendimentos particulares e auxilio da comunidade, como destaca o administrador. Ouça:
Responsável pela gestão financeira do hospital, o tesoureiro Gil Cé, contextualiza que há contratos firmados com o Estado e também com as prefeituras de Não-Me-Toque e Victor Graeff, que dão aportes financeiros. Ouça:
Gil também frisou que o Estado do RS, repassou no mês de abril, uma parte do valor devido, no entanto, não foi suficiente para suprir o montante da dívida já existente.
O repasse encaminhado pelo Governo do Estado, através da Assembleia Legislativa foi no montante de R$ 114 mil, destinado para custeio da Covid-19. Paulo Cervi explica como foi feito o cálculo para este repasse. Ouça:
Porém, de acordo com os gestores, ainda resta uma dívida do estado com o hospital, estimada em R$ 700 mil. Ouça:
Quanto à prospecção de recebimento de novas quantias de dinheiro, ainda não há nada concreto. O tesoureiro Gil Cé, enfatiza que há algumas indicações de emendas parlamentares, porém, não se pode contar com certeza com estes valores. Ouça:
Quanto às indicações, os valores divulgados esta semana, no montante de R$ 500 mil, ainda não estão de forma sólida nos cofres do hospital, ainda há trâmites legais a serem percorridos.
Quando e se aprovado, o valor deverá ser destinado para o custeio do hospital, não conglomerando quantias de dívidas já existentes. Ouça: