A Agas (Agência Gaúcha de Supermercados) publicou um comunicado oficial em seu site, em resposta ao decreto do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que proíbe a venda de itens não essenciais em supermercados.
Comunicado Oficial Agas ao Governo do Estado
Prezado Sr Governador, ao reforçar que continuaremos seguindo seu comando para contermos o vírus no RS e reconhecer seu trabalho incansável e a dedicação de sua equipe na busca de alternativas, gostaríamos de propor a seguinte reflexão referente ao Decreto publicado ontem:
– O setor de Bazar representa 2% do faturamento dos supermercados, não há problemas em não vendermos. Entretanto ele ocupa 9% da área de vendas por seu volume, muitos supermercados não têm espaço no estoque para retirar estes itens das gôndolas. Solicitamos autorização para vedarmos o acesso dos clientes com fitas, faixas e avisos.
– Solicitamos imediatamente aos associados a cessão das vendas de eletroeletrônicos, brinquedos e têxteis. Mas tecnicamente não encontramos definição para quais outras categorias são essenciais e não essenciais. Leis federais e o próprio Código de Defesa do Consumidor só nomeiam as atividades.
– Ilustramos nossa dúvida com os seguintes exemplos: uma vela, para quem tem energia em casa, não é essencial. Mas para quem vive no escuro, é fundamental até para manter as pessoas desta família em casa. Uma caixa de fósforos é essencial para quem não tem fogão com acendimento automático; baldes, panos e borrifadores plásticos podem ser essenciais para contribuir com a higienização e sanitização dos espaços, tão importantes neste momento; potes plásticos, em um momento em que as pessoas devem evitar a recorrência de visitas aos supermercados, são fundamentais para armazenar e estocar alimentos; e neste sentido poderíamos apresentar outras centenas de exemplos.
– Estamos abastecidos de flores para o Dia da Mulher. Seria importante iniciarmos a proibição da venda deste produto dia 9/3, evitando desperdícios e até possíveis aglomerações de pessoas nas áreas de dejeto dessas flores, caso elas sejam descartadas.
O setor de supermercados é um aliado do Governo do Estado e do povo gaúcho nesta guerra inglória que todos estamos travando. Estamos abertos ao diálogo e a ceder tanto quanto necessário, mas permitimo-nos contribuir com a visão de quem vive o dia a dia das lojas e precisa manter nossa população abastecida, evitando um caos ainda maior. Solicitamos o bom senso nas fiscalizações do cumprimento deste novo Decreto.
As empresas do setor já constituíram hospitais e estão dispostas a contribuir com a aquisição de vacinas, quando for o momento.
Desejamos boa sorte ao governador Eduardo Leite e sua laboriosa equipe, reforçando que somos soldados do seu exército.
Respeitosamente,
Antônio Cesa Longo
Presidente AGAS