A estiagem que atinge o Rio Grande do Sul provocou a proliferação dos gafanhotos. Em cidades da Região Noroeste os insetos já são vistos em áreas de matas nativas e também nas lavouras de soja e milho.
A Nova Ceres esteve em contato com o Agrônomo e Coordenador Técnico da Cooperativa Tritícula Campo Novo – Cotricampo, Rodolfo Richter, que comentou sobre o aparecimento desta nuvem de insetos.
Segundo ele, já é feito um monitoramento por parte da Emater, Secretaria da Agricultura, Laboratório da UFSM, bem como, dos profissionais da Cooperativa. Richter destacou que mesmo com registros em Bom Progresso, São Valério, Redentora e outros municípios, neste momento, os gafanhotos estão concentrados mais em áreas de mata, não atacando as lavouras.
O agrônomo frisa que estes insetos são naturais da região, não sendo do tipo migratório, como foram registrados na Argentina, por exemplo, e que sua proliferação se deu principalmente por conta da estiagem e das temperaturas mais elevadas. Ouça:
O acompanhamento prossegue, no entanto, até o momento os profissionais não conseguem afirmar se os insetos podem se deslocar a outros pontos do estado. Ouça:
A grande proliferação dos gafanhotos pode acarretar em medidas protetivas por parte dos agricultores, no uso de defensivos agrícolas. Com relação a isso, de acordo com Rodolfo, a orientação por parte da Secretaria Estadual da Agricultura, que está fornecendo todo o suporte necessário, é que os produtores mantenham contato frequente com as cooperativas, para que se ocorrer uma proliferação e até mesmo o ataque às lavouras, que seja a partir daí planejado a melhor forma de controle. Ouça:
