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SOJA: Venda safra velha e garanta preços da próxima

por Grupo Ceres
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“Venda a safra velha, para se livrar dos custos e garanta bons lucros da próxima safra cada vez que o dólar subir”. A análise é da equipe de analistas da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com os especialistas, a tendência dos preços será influenciada pelos seguintes fatores:

CHICAGO – caindo com a perspectiva de boa produção dos EUA e reinício do estremecimento entre EUA-China que pode comprometer o acordo. Por outro lado, a China teria que comprar entre 1,5-1,7 MT/semana para manter o estabelecido na Fase Um, o que é muito pouco provável;

DÓLAR – voltou a subir, fechando a semana em alta de 2,76% e permitindo mais algumas vendas de exportação. Mas o mercado interno reagiu no RS. As perspectivas são de novas pequenas altas do dólar, mas sem perspectivas de atingir, a curto prazo, o máximo que já chegou no Brasil, perto de R$ 6,00;

PRÊMIOS – Com a alta dos preços do petróleo os fretes internacionais voltaram a subir, incrementando e encarecendo também os prêmios da soja brasileira nos portos. Na posição CIF China o comparativo dos prêmios terminou a semana em +200Q para agosto para a soja brasileira, contra 175Q da Argentina, 200Q no Golfo e 190Q no PNW. Os fretes internacionais estão, neste momento, a US$ 34/t do Brasil, US$ 39 da Argentina, 39 do Golfo e US$ 14 do PNW.

DISPONIBILIDADE – Há pouca disponibilidade de soja brasileira da safra 2019/20 para a exportação, porque já foram comercializados aproximadamente 95% do volume produzido, não devendo se repetir os grandes volumes de vendas do segundo semestre ocorridas no ano passado. Os negócios se concentram agora na safra 2021, até porque a demanda chinesa também está voltada para compras do primeiro trimestre de 2021, no Brasil.

CURVA DE PREÇOS – A curva de preços da soja está nominalmente inclinada para baixo nos portos. Se considerarmos os custos de carregamento das posições ela está muito acentuada, não tendo valido a pena segurar por tanto tempo.

LUCRATIVIDADE – Embora a soja ainda esteja muito lucrativa e deva permanecer assim pelo resto do ano e para o próximo, o pico da lucratividade aconteceu no início de junho, quanto atingiu 36,7%, contra os atuais 34,5%.

De acordo com a ARC Mercosul, as cotações dos grãos no Brasil têm sido direcionadas principalmente pela desvalorização cambial: “Sempre que temos um Dólar registrando altas frente ao Real, assim também cresce o interesse do importador mundial em originar soja e milho no Brasil”.

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