Dados emitidos pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Não-Me-Toque chamam a atenção para o número de famílias com idosos que estão sendo assistidas em virtude de violência doméstica.
Segundo a Psicóloga Janaína Junges, da equipe do Creas, o número de acompanhamentos é bastante expressivo para o município de Não-Me-Toque. “Nosso serviço é fazer o acompanhamento das famílias em que os idosos estão tendo alguma violação de direito, assim em nosso município, temos hoje 21 famílias com idosos sendo acompanhadas, que é um número bastante expressivo, em relação ao total de famílias que atendemos, que é de 67”, contabiliza.
Conforme relatado pela Psicóloga, o isolamento social fez com que se chegasse a estes índices que preocupam, tendo como motivadores os mais diversos fatores, até mesmo a condição dos pais, que precisam trabalhar, e obrigam idosos a cuidarem dos filhos, gerando violência. “Em primeiro lugar está a violência verbal, financeira, alguns idosos que não têm renda e que receberam o auxílio emergencial de R$ 600, os filhos estão se apropriando desse dinheiro, ou mesmo de pensões, para fins próprios, a violência física também tem números bastante significativos, a questão de negligência, algumas famílias estão mandando os idosos embora, não estão conseguindo cuidar deles, e, ainda, a questão de não querer dar alimentação aos idosos também é bem significativa”, enumera.
Denúncias de Violência contra idosos podem ser feitas diretamente no Creas de Não-Me-Toque, na Delegacia de Polícia ou então no Ministério Público. Ainda existe o canal telefônico do Disque 100, de onde também chegam muitas denúncias para a averiguação da equipe do Creas.
