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Preço do leite pago ao produtor tem baixa de 7,56%

por Grupo Ceres
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O Conseleite-RS esteve reunido nesta terça-feira, dia 26, por videoconeferência, para analisar levantamento realizado pelo UPF para definir valores de referência no preço do leite.

Os primeiros dez dias de maio indicam R$ 1,2089 no projetado, uma que de 7,56% sobre o consolidado em abril (R$ 1,3077). O impacto da pandemia no mercado é a principal justificativa para o resultado que vem após uma sequência de alta nos últimos meses.

Essa condição causou revolta nos produtores de leite da Região, como demonstra o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Victor Gräef, Volnei Schreiner. “Não tem cabimento, o Conseleite que já estava num descrédito muito grande e agora caiu de vez. O produtor sofrendo cada vez mais e o Conseleite apresenta uma baixa de 7,56%. O que nos deixa mais indignados é o preço pago pelo consumidor final no supermercado, enquanto o produtor ganhando cada vez menos”, reclamou Schreiner.

O coordenador da Comissão da Farsul, Leonel Fonseca, lembra que a projeção inicial em abril não foi confirmada. “O aumento indicado no mês passado não se consolidou e agora vem a queda”, avalia Fonseca. Ele lembra que os reajustes nos meses anteriores foram uma recuperação nos preços, não significando ganho aos produtores. Fonseca destaca o investimento dos produtores nos últimos anos no aumento da produção e melhora na qualidade do produto, custos que ainda não foram recuperados. A variação cambial nos últimos meses acabou por reverter um cenário que parecia se encaminhar para o equilíbrio.

O presidente do Conseleite-RS e assessor da Presidência do Sistema Farsul, Rodrigo Rizzo, também demonstra preocupação com o cenário atual. Para ele, a atividade vem se tornando pouco atrativa em decorrência das margens pouco ajustadas. O atual cenário de incertezas reforça a necessidade de uma aproximação melhor entre as partes. Por parte da indústria, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontua que as dificuldades se estendem a ela. Guerra citou as oscilações de mercado e a necessidade de se ver o setor lácteo como um todo. Ele lembrou que, apesar do aumento do consumo doméstico, o que se verifica é uma queda na comercialização para hotéis, restaurantes e bares.

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