A partir de uma entrevista realizada pelo repórter Antônio Sadi Ribas, no dia 5 de maio, no programa Central de Notícias da Nova Rádio Ceres, quando o Secretário Municipal da Fazenda de Não-Me-Toque, Naor Kümpel, afirmou que o município tinha a menor despesa com folha salarial entre os municípios da Região, em dados proporcionais.
Na ocasião, Kümpel apresentou o percentual de 41,09%, valor comprometido no orçamento do executivo municipal de Não-Me-Toque, no ano de 2019, com a folha de pagamento dos quadros ativo e inativo do Município.
Instigada pela afirmação do tesoureiro não-me-toquense, o departamento de jornalismo da Nova Ceres buscou informações em outros nove municípios da Região, no entorno de Não-Me-Toque: Carazinho, Colorado, Ibirubá, Lagoa dos Três Cantos, Saldanha Marinho, Santo Antônio do Planalto, Selbach, Tio Hugo e Victor Gräeff.
Neste ranking Não-Me-Toque aparece na 3ª posição, atrás de Carazinho (que gastou no ano passado 37% do seu orçamento com o ordenado de seus servidores) e Ibirubá (com 39,5%). Neste contexto, se o ranqueamento, nessa abrangência, considerar apenas os municípios com mais de 10 mil habitantes, Não-Me-Toque seria o que mais gasta com folha.
A sequência da tabela é a seguinte: 4º, Colorado (41,6%); 5º, Selbach (41,7%); 6º, Saldanha Marinho (42%); 7º, Victor Gräeff (43,35%); 8º, Santo Antônio do Planalto (47%); 9º, Tio Hugo (47,57%); e 10º, Lagoa dos Três Cantos (48%).
Pela legislação vigente, a União tem um limite máximo de gasto com folha de pagamento de 50% do orçamento, já para estados e municípios o limite é de 60%. Se a despesa total com pessoal alcançar 95% desses limites, o Tribunal de Contas faz seu devido apontamento e a partir do previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, fica proibido o ente a promover qualquer movimentação de contratação pessoal que venha a implicar em aumento de despesa.