Iniciativa pioneira da Cotrijal com a Agroconsult teve pico de 400 pessoas assistindo simultaneamente e mais de 1,8 mil visualizações.
O poder de recuperação do Agro, que faz das dificuldades o seu impulso para avançar, foi o tom dos discursos e debates de evento virtual realizado em parceria entre a Agroconsult e a Cotrijal na noite desta quinta-feira, 23/4.
A programação, com cerca de duas horas, apresentou os números da safra brasileira levantados pela equipe do Rally da Safra, debateu a situação do Rio Grande do Sul, o mercado de soja e milho, as consequências do coronavírus no consumo de grãos e o impacto da queda do preço do petróleo.
O momento foi enriquecedor, na avaliação de Juliano Manfroi, associado da Cotrijal em Mato Castelhano, que participou do evento. Ele pontuou que a quebra de safra na propriedade chegou a 50% e que está se organizando para implantar de forma assertiva as culturas de inverno e já se planejando para o próximo verão.
“É um período que vai nos exigir mais eficiência na gestão, mas somos guerreiros e vamos superar essa perda. Felizmente temos a Cotrijal e o sistema cooperativo para buscar soluções junto aos governos e também possibilitar acesso a informações relevantes como as que tivemos através do Rally”, elogia.
O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, lembrou que a missão da cooperativa é defender os interesses do seu produtor e ajudá-lo a atravessar esse período de forma tranquila. “Já tivemos atendidas parte das reivindicações do setor pelo Ministério da Agricultura, mas precisamos avançar em alguns pontos. Estamos otimistas e trabalhando lado a lado com o associado para enfrentar essa situação”, destacou.
PERDAS DE 47,2% NO RS
A estimativa da equipe do Rally da Safra, com base em levantamento feito na segunda semana de março, é de média de 36 sacas/hectare de produtividade na soja no Rio Grande do Sul, ante 58,1 scs/ha na safra passada. “Devemos ter ficado abaixo disso, considerando que a seca se agravou depois que concluímos nosso levantamento”, ponderou o consultor André Pessôa, da Agroconsult.
A avaliação da FecoAgro/RS é de que as perdas chegaram a 47,2%, segundo pesquisa concluída em 1º de abril junto às cooperativas agropecuárias gaúchas. “Nossa projeção é que, somente considerando a soja e o milho, serão R$ 15,487 bilhões que deixam de ser injetados na economia gaúcha aos preços atuais desses grãos”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Pires.
Para o Brasil, o Rally da Safra projeta avanço na produtividade da soja, de 55,2 scs/ha para 56 scs/ha, embasado pelos ótimos resultados em vários estados grandes produtores, como Paraná e Mato Grosso. O total da safra deve chegar a 123,5 milhões de toneladas.
INCERTEZAS EXIGEM MAIS GESTÃO
O cenário de incertezas que o mundo vive depois da ocorrência da pandemia do coronavírus exige do produtor mais eficiência na gestão dos seus negócios e investimentos na saúde do solo, embora a soja não tenha sido tão afetada em termos de consumo, na avaliação de André Pessôa.
A boa notícia é que a China está retomando as importações de forma mais rápida do que se esperava, e o Brasil vive ainda momento de preços influenciados positivamente pelo câmbio. “Os chineses compraram 20% a mais em relação ao mesmo período do ano passado e a expectativa é ultrapassar a barreira de 90 milhões de toneladas novamente”, informou, lembrando que 80% das exportações brasileiras têm como destino o país asiático.
Pessôa também ressaltou que 25% da próxima safra de soja brasileira já foi comercializada, em função dos bons preços. “A relação de troca está muito favorável, representando, em alguns casos, economia de até 4 sacas quando comparado ao ano passado”, avaliou.
NÚMEROS DO EVENTO
- 858 inscritos
- 1.800 visualizações
- Pico de 400 pessoas on-line assistindo simultaneamente
- 843,8 horas totais de exibição (equivalente a 35 dias de vídeo)
- Retenção média de 28 minutos por visualização
- 165 respostas ao questionário disponível no QR Code
O RALLY – O Rally da Safra é o maior levantamento da safra de grãos do país. Nesta 17ª edição, 7 equipes percorreram mais de 63 mil quilômetros, em oito estados e 436 municípios, coletando 1190 amostras em lavouras de soja. A partir de maio, outras três equipes seguem o trabalho para avaliar as lavouras da segunda safra de milho.
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Fonte: Assessoria de Imprensa da Cotrijal