Agrofloresta, ou Sistema Agroflorestal (SAF), é uma forma de uso da terra, que combina árvores perenes com plantas agrícolas de ciclo curto e/ou criação de animais.
O sistema de Agrofloresta considera a biodiversidade local e concentra grande número de espécies de plantas com intuito de garantir maior acúmulo de biomassa e produtividade, uma vez que a madeira e, por vezes, os seus produtos não madeiráveis, como frutos, folhas, sementes, cascas, bulbos, entre outros, podem ser economicamente explorados. A combinação desses fatores caracterizam as agroflorestas como um modelo de agricultura sustentável.
Além de promover a recuperação de ambientes degradados e o incremento de biodiversidade do local, os SAF’s permitem explorar áreas que detenham regime especial de proteção, como as Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, gerando incremento de renda ao produtor. Os técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) realizam vistoria na propriedade onde ocorrerá o manejo, definindo o polígono (área) da propriedade onde ocorrerá o manejo que o agricultor deseja implantar, as plantas de interesse, seja com mudas, sementes, regeneração ou produtos que deseja explorar. Também são definidos os limites ambientais do manejo, as boas práticas ambientais que deverão ser tomadas, além da exclusão de uso de agrotóxicos, os cuidados com recursos hídricos, com o solo e com a fauna.
O casal Arlene Müller e Martinho Scholze residentes na localidade de São José do Centro são os pioneiros no município a adotarem este sistema na propriedade rural e obterem a certificação que é emitida pelo Departamento de Biodiversidade (DBio), vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA).
O casal cultiva uma área que totaliza 2,65 ha, onde produzem cana-de-açúcar, citros, banana, feijão, batata-doce, mandioca, frutíferas nativas, erva-mate, pinhão entre outras. Agora com a certificação poderão explorar também produtos madeiráveis e não madeiráveis de um pequeno fragmento florestal da propriedade que permanecerá preservado através de técnicas conservacionistas. A certificação autoriza a execução de podas e supressões pontuais visando o crescimento das espécies de interesse.
Martinho e Arlene buscaram a certificação com auxílio do Engenheiro Florestal Cássio Henrique Crestani na Prefeitura Municipal, o qual realizou a solicitação do documento via sistema SOL utilizado pelo órgão ambiental estadual, bem como acompanha in loco o desenvolvimento das plantas.
Fonte: Acessoria de Comunicação de Não-Me-Toque