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Após incêndio no semiaberto, Justiça concede saída temporária a 108 detentos de Carazinho

por Grupo Ceres
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A Justiça autorizou 108 presos do semiaberto a saírem do Instituto Penal de Carazinho após o incêndio que destruiu parte da estrutura da cadeia, na tarde de domingo (25). A Vara de Execuções Criminais permitiu a saída com a condição de que todos se reapresentem ainda nesta segunda-feira (26).

Sessenta e seis detentos precisam se reapresentar às 9h desta segunda. Há uma preocupação de agentes da cadeia de que parte deles não volte. Outros 42, que possuem trabalho externo e bom comportamento, devem voltar até as 19h.

Segundo o diretor do presídio, Éberson Tápia Oliveira, tudo indica que os próprios presos incendiaram o presídio na última tarde. Ele afirma que havia dois focos simultâneos de chamas, o que dificilmente aconteceria por panes elétricas. Além disso, os próprios presos divulgaram vídeos em redes sociais afirmando que o fogo foi provocado.

— Foram dois focos de incêndio, em dois alojamentos diferentes. O histórico incêndio anterior, em 2016, foi provocado — disse.

Ainda de acordo com o diretor, os agentes do presídio passaram as últimas horas tentando encontrar vagas para os presos em outras cadeias gaúchas, mesmo mais distantes de Carazinho.

Segundo incêndio em três dias

Oitenta e seis presos receberam saída temporária após o incêndio que destruiu parte da Penitenciária Modulada Estadual de Osório, no Litoral Norte, na quinta-feira (22).A autorização para que eles sejam liberados foi feita pela Justiça, que estabeleceu o prazo até o dia 29 de março para que os detentos se reapresentem.

Todos os presos que receberam o benefício são condenados e cumpriam pena no regime semiaberto. Alguns estavam na ala segura, destinada a envolvidos em crimes sexuais ou ligados a facções. Antes do incêndio, 77 deles estavam dormindo no módulo 1 e nove em um alojamento anexo à cozinha do presídio.

Com o incêndio, a Justiça reforço a interdição do presídio, válida desde maio de 2017. Com isso, novos presos estão sendo mantidos em delegacias de polícia no Litoral Norte. O efeito cascata já gerou superlotação nas delegacias e, agora, viaturas da Brigada Militar estão paradas custodiando detidos.

Fonte site Gaúcha ZH

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