As mulheres que atuam nos diferentes elos da cadeia do agronegócio já romperam com os estereótipos e preconceitos. São gestoras competentes, trabalhadoras motivadas e bastante conciliadoras, pois transitam entre o campo e a cidade com a mesma facilidade que harmonizam carreira e família. Foram essas algumas das conclusões da pesquisa “Todas as Mulheres do Agronegócio”, encomendada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), elaborada pela empresa de pesquisa IPESO e divulgada durante o 2º Congresso Nacional da Mulheres do Agronegócio – Liderança Globalizada, Empreendedora e Integrada, realizado em São Paulo, dias 17 e 18 de outubro.
O evento reuniu cerca de mil mulheres de todo o país: agricultoras, pecuaristas, profissionais da indústria, executivas de corporações do setor, sucessoras, produtoras integradas e cooperadas e toda a cadeia do agronegócio. Dentre elas, quatro cooperadas da Cotrijal. Fabiana Venzon, Luciane Rheinheimer, Soeli Pasinato e Taciane Guindani tiveram a oportunidade de acompanhar workshops práticos e painéis de debates conduzidos por acadêmicos e renomados profissionais do agronegócio, inclusive de fora do Brasil.
A pesquisa da Abag entrevistou, por telefone, mulheres de todas as regiões do país. Das 862 entrevistadas, 73% atuam nas propriedades, sendo 49,5% em minifúndios, 10,9% em pequenas propriedades, 13,5% em médias e 26,1% em grandes.
O levantamento revelou também que muitas exercem uma segunda atividade, demonstrando o quanto são empreendedoras. Ao mesmo tempo, as entrevistadas disseram que buscam uma renda extra fora da propriedade para não abrirem mão da paixão pelo campo. O estudo constatou também que as mulheres do agronegócio são resilientes e não se contentam com a posição já conquistada e querem ir mais longe.
A maioria das 862 entrevistadas disse estar preparada para as posições de liderança – já conquistada por muitas – e que se interessa também por aprimorar conhecimentos sobre gestão empresarial, gestão de pessoas e finanças. A pesquisa revela um retrato atual e caracteriza um momento histórico do agronegócio brasileiro: a plena inserção feminina nas atividades executadas antes, dentro e depois da porteira, com o protagonismo tão sonhado pelas mulheres do campo há décadas. E, a julgar pelas características encontradas nesta pesquisa, em pouco tempo este estudo estará obsoleto, pelo dinamismo das mulheres do agronegócio e pela força de trabalho que já representam.
Na questão sobre as razões de escolher trabalhar na agropecuária, a pesquisa apontou que 36,2% das mulheres disseram ter optado pelo agronegócio por gostar da vida no campo, 34% afirmaram que já possuíam integrantes da família atuando na área, 15,6% já eram proprietárias ou sócias de propriedade rural, e 10,7% foram para o campo por ver na atividade uma oportunidade de trabalho.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Cotrijal, com informações da Abag