Justiça decreta prisão de suspeito de ter desaparecido com família
Bombeiros com cães farejadores procuram três pessoas em Mormaço
A Justiça decretou, na tarde deste sábado (27), a prisão preventiva de um suspeito de ser o responsável pelo desaparecimento de uma família em Colorado, no norte do Rio Grande do Sul. Flávio Diefenthaler Martins, 49 anos, teria recebido as vítimas a tiros e depois sumido com elas.
O homem teria recebido as vítimas a tiros e depois sumiu com elas. O Gol da família foi encontrado incendiado em Mormaço, distante 60 quilômetros. O suspeito tem antecedentes criminais e já foi preso por envolvimento com o tráfico de drogas.
A busca pela família é realizada por equipes do corpo de bombeiros de Passo Fundo e de Soledade neste sábado (27), na região onde o carro foi abandonado na quinta-feira. A procura é realizada com ajuda de cães farejadores e se concentra nas proximidades de uma ponte sobre o Rio Jacuí Mirim, que separa Mormaço de Victor Graeff.
O objetivo é de que os cães possam identificar pistas do paradeiro de Roberto Carlos Terres, 46 anos, da mulher dele Márcia Cristina Johan Althaus, 50 anos, e da filha do casal, Maria Elizabeth Johan Terres, 15 anos. Na tarde de quarta-feira (24), os três e um vizinho saíram de Carazinho, onde moram Márcia e a filha, para ir ao município de Colorado, com a intenção de comprar um carro.
O vizinho foi junto porque voltaria dirigindo um dos automóveis. Chegando no local, por volta das 19h, os quatro teriam sido recebidos a tiros. O vizinho conseguiu fugir a pé. Perto das 12h do dia seguinte, procurou a polícia em Carazinho, relatando o ocorrido. O vizinho é tratado como testemunha-chave do caso.
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Segundo o delegado Edinei Márcio Albarello, da Polícia Civil de Carazinho e que responde por Colorado, o homem contou que apenas tinha sido convidado para a viagem, desconhecendo a negociação da venda do carro e se a família levava dinheiro.
O episódio ocorreu na zona rural de Colorado, diante de uma casa que teria sido alugada pelo suspeito de atirar na família. Ele morava sozinho e não foi mais visto no local. Para o delegado, a família foi atraída para uma cilada e acredita que, dificilmente, as vítimas estejam vivas.
— A principal linha de investigação é de homicídio. É um caso muito estranho, mas pode estar relacionado com algum desacerto por tráfico de drogas.
Entre 2007 e 2008, Terres foi condenado duas vezes por tráfico de drogas e associação para tráfico. As penas somavam 10 anos de prisão. Atualmente, está em liberdade condicional e moraria sozinho no Vale do Sinos, enquanto a mulher a filha vivem em Carazinho.