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SOS Agro organiza “tratoraço” em Porto Alegre

Manifestação com máquinas agrícolas, prevista para ocorrer no dia 8 de agosto, deverá ter local definido no decorrer da semana

por Daiane Giesen
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O movimento SOS Agro RS pretende realizar, no dia 8 de agosto, o “maior tratoraço da história do Brasil”, em Porto Alegre. A manifestação tem o objetivo de pressionar o governo federal a atender reivindicações de produtores rurais gaúchos, endividados depois de anos de estiagem e das chuvas e enchentes de maio. O protesto, cogitado desde sexta-feira, 19, em ato realizado no parque de exposição da Expoagro Afubra, em Rio Pardo, foi divulgado nesta segunda-feira, 22, na comunidade do SOS Agro no WhatsApp.

De acordo com Lucas Scheffer, um dos organizadores do movimento, o local da manifestação será definido no decorrer desta semana. A ideia, até o momento, é trazer o maquinário para a Capital embarcado em caminhões. Scheffer descarta a possibilidade de os veículos circularem por Porto Alegre ou mesmo por rodovias.

“Temos duas ou três ideias sobre a parte logística. Vamos conversar com a EPTC [Empresa Pública de Transporte e Circulação], com a Brigada Militar, com a Polícia Rodoviária Federal e com a Estadual, para ver quais são as possibilidades”, disse o produtor rural de Cacequi.

Reuniões estão marcadas para esta terça-feira, 23, e quarta-feira, 24, em Porto Alegre, com a prefeitura e com o governo do Estado.

Antes do protesto, o Palácio do Planalto deverá editar medida provisória anunciada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro para o dia 30 de julho. O texto, conforme adiantado por Fávaro na semana passada, deverá estabelecer perdão de dívidas nos casos em que houve perda total, em razão da calamidade ocorrida em abril e maio. Em outros casos, haveria desconto proporcional ao dano sofrido. O SOS Agro RS apoia propostas da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), que sugerem prazo de pagamento de 15 anos, com dois anos de carência e 3% de juro ao ano.

“Vamos fazer o ‘tratoraço’ para cobrar ou para comemorar, mas, na verdade, será muito difícil ter o que comemorar. Mantemos a mobilização para pressionar o governo”, afirma Scheffer, admitindo que não haverá motivo para a manifestação “se vier tudo o que estamos pedindo”.

Na sexta-feira, em Rio Pardo, milhares de produtores rurais se reuniram no segundo ato organizado pelo SOS Agro RS em um intervalo de 15 dias – o primeiro ocorreu em Cachoeira do Sul, no dia 4. Na ocasião, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, foi o primeiro dos oradores a sugerir o “tratoraço”, diante da sede do Ministério da Agricultura na Capital. Uma das queixas mais repetidas no encontro foi em relação ao suposto excesso de anúncios em benefício da agropecuária gaúcha, feito pelo Executivo federal, sem que ocorra, de fato, a realização. No encerramento dos discursos, o governador Eduardo Leite disse que faria questão, “se as propostas não vierem, de ter essas pessoas, e muito mais, em Porto Alegre”.

 

Fonte: Correio do Povo

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