Nesta sexta-feira, 12 de julho, o governo federal anunciou um reforço financeiro de R$ 137,6 milhões para o combate aos incêndios no Pantanal. O crédito extraordinário será direcionado aos Ministérios da Justiça e Segurança Pública, do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Defesa. A medida visa a prevenção e enfrentamento dos efeitos da estiagem, considerada a maior dos últimos 70 anos.
A medida provisória publicada no Diário Oficial da União detalha a distribuição e aplicação dos recursos. A maior parte dos fundos será destinada ao MMA, que receberá R$ 72,3 milhões. Desse montante, R$ 38,1 milhões serão direcionados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para contratação de brigadistas e aquisição de equipamentos para prevenção e controle de incêndios em áreas federais. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ficará com os R$ 34,1 milhões restantes, destinados à proteção e recuperação da biodiversidade, criação e gestão de unidades de conservação e fiscalização ambiental.
O MMA informou que os recursos atenderão o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e a Estação Ecológica do Taiamã. Ambas as unidades foram afetadas pelos incêndios, que neste ano já consumiram 770,7 mil hectares do Pantanal, representando 5,11% do bioma, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O Ministério da Defesa receberá R$ 59,7 milhões para as Forças Armadas utilizarem na aquisição de insumos e na manutenção de militares e estrutura logística na região afetada. A Polícia Federal contará com R$ 3,7 milhões para suas ações, enquanto o Fundo Nacional de Segurança Pública receberá R$ 2 milhões para custear a Força Nacional.
No final de junho, o governo federal já havia direcionado R$ 100 milhões para o enfrentamento das queimadas no Pantanal. Desse valor, R$ 62 milhões foram alocados para recomposição do orçamento do MMA e R$ 38 milhões para ações de prevenção e combate aos incêndios.
A medida é parte de um esforço contínuo do governo federal para mitigar os impactos ambientais e econômicos dos incêndios no Pantanal, protegendo a biodiversidade e a segurança das populações locais.