A Expodireto Cotrijal é um verdadeiro ponto de encontro para expositores e compradores internacionais em busca de soluções para impulsionar seus negócios e contribuir para a prosperidade da agricultura e demais áreas relacionadas. Neste cenário, a presença e participação ativa desses agentes globais desempenham um papel fundamental, fortalecendo laços, trocando conhecimento, fomentando práticas inovadoras e, claro, fechando negócios.
Mais de 70 países devem estar representados na feira em 2024. “Nossa equipe que faz o apoio da área internacional viabilizou a vinda de mais 70 países para a Expodireto. Eles vêm em busca de conhecimento, tecnologia e também de chances de negócio. Nós vamos ter grandes oportunidades para falar com esses países”, destaca o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, ressaltando que a Área Internacional da Expodireto atrai a atenção global.
Dentre os 70 países esperados, estão nações como China, Alemanha, Argentina, Nigéria, Gana, França, Bolívia, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Estados Unidos, Itália, Israel, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Panamá, Peru e vários outros.
Um dos destaques é a China, que está representada por expositores, importadores, representantes de empresas de trading, palestrantes e membros do governo. Esta é a maior delegação chinesa na história da Expodireto.
A Área Internacional da feira tradicionalmente sedia diversos eventos e conversas visando aproximar diferentes países. A 24ª edição da Expodireto Cotrijal sediará o 4º Seminário China-Brasil da cadeia de suprimentos da Agricultura, Pecuária e Alimentação. A primeira edição foi realizada de forma virtual no Pavilhão Internacional da feira em 2023. Já a segunda e a terceira edições ocorreram em Pequim, nos meses de março e novembro do ano passado.
O que deve atrair a atenção dos investidores?
Manica ressalta que os representantes estrangeiros estão focados em investir no Brasil, principalmente na infraestrutura, compra de matéria-prima e energia. Ele apontou que a feira proporcionará oportunidades para discutir parcerias e acordos comerciais.
– Sabemos que principalmente a China tem muitos recursos e os fundos vêm com muita vontade de fazer investimentos em grandes parcerias aqui no Brasil. É a chance de abrir canais para que as empresas possam aproveitar essas oportunidades – afirma o presidente da Cotrijal.
Ao detalhar os possíveis ramos de investimento, Manica menciona setores como commodities, bioenergia, agroindústria e transformação, indicando que haverá diversas oportunidades para os participantes da área internacional.
O começo da internacionalização da feira
A Expodireto Cotrijal deu início aos seus trabalhos internacionais em 2004, quando contava apenas com três países importadores, Argentina, Uruguai e Bolívia. Foi o pontapé inicial para consolidar a sua presença global. “O processo de internacionalização da Expodireto começou com apenas três importadores, mas hoje é uma referência no cenário internacional do agronegócio”, destaca Evaldo Silva Júnior, diretor de promoções comerciais, investimentos e assuntos internacionais do governo do Rio Grande do Sul.
De acordo com Silva, que integrou a comissão internacional da feira nos anos iniciais, o trabalho de implementação contou com o apoio de diversas entidades e organizações, como o antigo Sebraexport, atual Apex Brasil, e o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers).
A partir daí a feira expandiu sua atuação além-fronteiras. “A parceria com o Sebraexport e o Simers foi fundamental para alavancar a presença internacional da Expodireto Cotrijal. Hoje, a feira atrai expositores e visitantes de todo o mundo”, analisa Silva. A Expodireto é apontada por muitos como uma das mais internacionalizadas do agro brasileiro na atualidade.
– Fizemos viagens para a União Europeia, África, Rússia, Japão, China, Índia divulgando a Expodireto Cotrijal. A partir daí, começou a vinda de vários países e hoje é algo tão normal que as embaixadas brasileiras nos ajudam a promover o evento. É uma satisfação quando a gente vê que tem países de todos os continentes. Não se tem nem ideia de quantas personalidades mundiais passam pela Expodireto – comenta Manica.
“Não-Me-Toque no mapa mundial”
O presidente da Cotrijal conta que recentemente esteve na Coreia do Sul, em uma viagem que levou cerca de 40 horas. “Aí eu fiquei pensando no caminho inverso, nas pessoas que fazem uma viagem como essa, ficam essas 40 horas em deslocamento para vir até a feira, para vir até Não-Me-Toque. É um exemplo da grandeza da Expodireto. A feira também desenvolveu nossa região. As empresas cresceram, claro, cada uma com seus méritos, mas a Expodireto ajudou a abrir muitos canais e hoje essas empresas exportam para o mundo todo. É gratificante ver que contribuímos para colocar Não-Me-Toque no mapa-múndi”, finaliza Manica.