O plantio da soja está com mais de 95% concluído no município de Não-Me-Toque. De acordo com o engenheiro agrônomo e chefe do escritório da Emater local, Vinícius Toso, a semeadura começou no dia 20 de outubro.
Durante o plantio no mês de novembro, teve chuvas irregulares abrangendo o município, trazendo atraso em alguns pontos no período de plantio durante as idas a campo.
“Nas lavouras na divisa com Lagoa dos Três Cantos próximo a localidade de Linha São Paulo percebemos estar um pouco mais defasadas a outros lugares”, comenta.
O município possui uma área agrícola de grãos com 26.150 hectares. A soja é principal cultivar de verão.
A projeção é de que sejam cultivados 23.100 hectares para a safra de 2024/2025. Segundo a Emater, o milho teve uma área de 2.600 ha.
Chuvas e ferrugem asiática
A necessidade de chuvas regulares é um dos elementos mais importantes para uma boa safra. Uma das etapas é do florescimento para o preenchimento de grãos das plantas nos meses de janeiro e fevereiro.
“A cultura é bem sensível pelo estresse hídrico, mas as chuvas devem ser regulares durante todo o ciclo da cultura”, destaca.
Uma das atenções nas lavouras durante as etapas de manejo é com a ferrugem asiática. No estado existe o programa Monitora Ferrugem RS.
Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi é considerada uma das doenças mais graves que atinge a soja e pode causar perdas significativas de produtividade.
“O programa monitora os esporos de ferrugem asiática circulando em todo o Rio Grande do Sul, incluindo Não-Me-Toque”, menciona.
Por isso, segundo Toso, produtores e técnicos precisam estar atentos e monitorando a lavoura para escolha do melhor manejo.