Realizada durante seis dias no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre, a 2ª Feira da Agricultura Familiar proporcionou um faturamento de R$ 1.715.864,48 para as 94 agroindústrias participantes. Promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), o evento teve início na segunda-feira, dia 4, com encerramento neste sábado, dia 9.
O valor total alcançado foi 3,07% superior ao registrado em 2023, quando a feira contabilizou R$ 1,6 milhão em vendas.
Na avaliação da Fetag-RS, o resultado deve ser compreendido sob “o cenário desafiador das enchentes que atingiram Porto Alegre em maio”.
“A feira em Porto Alegre conquistou o carinho do público, que há muito tempo aguardava por esse evento. Para algumas agroindústrias, não foi fácil estar aqui, pois foram afetadas pelas enchentes”, afirma o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, destacando a importância da feira para a abertura de novos mercados.
Como previsto pelo vice-presidente da federação, Eugênio Zanetti, na sexta-feira, dia 8, o faturamento por agroindústria, no entanto, sofreu redução na comparação com a edição anterior. Em 2024, a média diária de fechamento de caixa por empreendimento atingiu R$ 3.042, contra cerca de R$ 4,2 mil no ano passado, equivalente a uma queda de 27,6%. Ainda assim, o resultado é superior à média diária de R$ 2,8 mil por empresa do setor, obtida na 47ª Expointer.
De acordo com Zanetti, a baixa na renda por empreendimento se deu em razão do aumento de 24 expositores. A feira de 2023 reuniu 70 participantes. Aproximadamente duas centenas de agroindústrias se candidataram às 94 vagas oferecidas em 2024. Sessenta e cinco municípios gaúchos estiveram representados no evento. Neste ano, o espaço ocupado pela feira também foi ampliado, chegando a 1,2 mil metros quadrados, 20% acima da área destinada em 2023, além de haver sido beneficiado com melhorias, como a instalação de um piso de madeira.
Os organizadores destacam ainda a notável presença de público, mesmo diante de eventual dificuldade provocada pela suspensão, até o momento, da operação do Trensurb na Capital.
“Tivemos um público muito bom. As pessoas estão pedindo que a feira ocorra mais de uma vez por ano”, comemorou Zanetti, destacando que muitos produtos se esgotaram nos primeiros dias de comercialização.
Viabilizado por lei municipal sancionada em 2022, o evento deve ser realizado sempre na primeira quinzena de novembro, em período coincidente com a ocorrência da Feira do Livro, montada na Praça da Alfândega, no Centro Histórico.
A iniciativa tem o apoio de Emater-RS/Ascar, Secretaria do Desenvolvimento Rural, prefeitura de Porto Alegre, com patrocínio de Banrisul, Sicredi, Sicoob e Banco do Brasil.
Fonte: Correio do Povo