Segundo maior exportador de carne suína entre as unidades da Federação, o Rio Grande do Sul encerrou o mês de setembro com uma queda de 7,1% nos embarques da proteína, em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, as exportações do setor no Estado somaram 25,6 mil toneladas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 8, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A queda interrompe a sequência de resultados positivos ocorridos em julho (+5,22%), e em agosto, com alta de 13,6%, sempre em comparação com os mesmos períodos de 2023. O Estado fechou o primeiro semestre com uma baixa de 2,5%, em relação à totalização obtida nos seis primeiros meses de 2023. A redução na primeira metade do ano ocorreu, principalmente, pela retração do mercado chinês.
Alta no país
Em movimento no sentido contrário, o levantamento da associação indica que as exportações de carne suína do país fecharam o mês de setembro com alta de 7,3%, em comparação com setembro de 2023. Foram embarcadas 120,4 mil toneladas em setembro de 2024, contra 112,2 mil toneladas no mês mesmo no ano passado. É o segundo melhor desempenho histórico do setor, superado apenas por julho deste ano, com 138,3 mil toneladas, informa a ABPA.
Em receita, a alta é de 15,9%, com US$ 283,7 milhões em setembro deste ano, contra US$ 244,7 milhões no mesmo período do ano passado. O saldo é o segundo melhor da série histórica, superado apenas por julho deste ano, com US$ 309,4 milhões.
No acumulado do ano (janeiro a setembro), as exportações de carne suína totalizaram 990,7 mil toneladas, volume 7,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 920,1 mil toneladas. Em receita, a alta é de 0,4%, com US$ 2,169 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, contra US$ 2,160 bilhões no mesmo período do ano passado.
“O preço médio das exportações de carne suína tem registrado altas consecutivas que acumulam mais de US$ 350 ao longo deste ano, com impacto positivo nas receitas dos embarques. O fluxo deve seguir positivo ao longo de 2024, com perspectiva de crescimento nas exportações totais do ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Principais destinos
Novamente ocupando o primeiro posto entre os importadores, Filipinas foi destino de 28,2 mil toneladas em setembro, volume 120,4% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 16,7 mil toneladas (-40,7%), Chile, com 9,7 mil toneladas (+50,4%), Hong Kong, com 8,7 mil toneladas (-34,1%) e Japão, com 8,6 mil toneladas (+84,9%).
Santa Catarina segue como principal exportador brasileiro de carne suína, com 62 mil toneladas exportadas em setembro, volume 8,5% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em terceiro lugar, o Paraná embarcou 18,6 mil toneladas (+8,1%).
“Há uma reconfiguração no mapa dos embarques de carne suína do Brasil, o que se comprova pelas fortes oscilações nos movimentos de importações por destino. Além da consolidação de Filipinas como principal importador, países da América Larina, como Chile, México e Argentina estão incrementando as suas demandas por produtos brasileiros. O mesmo se pode verificar sobre o Japão, país que demanda produtos com alto valor agregado”, ressalta Santin.
Fonte: Correio do Povo