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Grupo israelense vence concorrência de R$ 1 bi para fornecer blindados ao Exército

por Daiane Giesen
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O Comando do Exército anunciou nesta segunda-feira (29) que a empresa israelense Elbit Systems emergiu como vencedora da licitação internacional para fornecer 36 veículos blindados de combate obuseiros, num contrato que pode chegar perto de R$ 1 bilhão.

Concorrendo com empresas como a chinesa Norinco, a francesa Nexter e a tcheca Excalibur, a Elbit Systems viu seu sistema Atmos ser o mais bem pontuado pelo Comando Logístico do Exército. Este sistema, da quinta geração, já é utilizado por países como Dinamarca e Colômbia e promete modernizar as forças terrestres brasileiras.

Apesar das preocupações sobre possíveis influências políticas na escolha final, devido às tensões diplomáticas entre o Brasil e Israel, os militares brasileiros destacam as qualidades técnicas do sistema Atmos, além das contrapartidas tecnológicas oferecidas.

Estima-se que cada veículo custará cerca de US$ 5 milhões, totalizando aproximadamente US$ 180 milhões para os 36 veículos. Adicionalmente, o Exército prevê um investimento de 15% a 20% em treinamento e capacitação das tropas para utilização eficaz do equipamento, visando aprimorar os sistemas de artilharia.

O contrato para as duas primeiras viaturas, em um lote piloto, poderá ser assinado ainda em maio, com entrega prevista para testes em 2025. Caso aprovados, os outros 34 veículos serão adquiridos em sequência, com entrega programada até 2034.

Os obuseiros, considerados armamentos pesados devido ao seu alto poder destrutivo, proporcionarão ao Exército brasileiro maior mobilidade e alcance, uma vez que serão instalados sobre chassis de veículos. Esta modernização permitirá uma maior articulação com as forças mecanizadas, enquanto os sistemas adquiridos seguirão o padrão Otan, com projéteis de 155 mm e maior poder de fogo.

Além do preço, a aquisição leva em consideração o “offset” tecnológico, envolvendo transferência de tecnologia, uso de conteúdo local e nacionalização da capacidade fabril de munições, com destaque para a possível associação com a empresa brasileira Imbel. O offset também inclui suporte logístico e o desenvolvimento de um sistema de simulador para treinamento das tripulações.

Fonte: CNN

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