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76% dos brasileiros dizem que licença-paternidade deveria ser maior

por Daiane Giesen
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Uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada na terça-feira (2), revela que a maioria dos brasileiros está a favor de uma licença-paternidade mais extensa.

Atualmente, no Brasil, os trabalhadores com carteira assinada e os servidores públicos têm direito a cinco dias consecutivos de licença para estar com seus filhos recém-nascidos. Esse período de licença também se aplica em casos de adoção.

Os resultados da pesquisa mostram que 76% dos entrevistados concordam totalmente ou em parte com a afirmação de que a licença-paternidade deveria ser prolongada, enquanto 22% discordam total ou parcialmente.

É interessante notar que os homens estão mais inclinados a apoiar essa ampliação, com 77% a favor e 21% contra. Entre as mulheres, 75% apoiam o aumento da licença-paternidade, enquanto 23% são contra.

Em dezembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu um prazo de 18 meses para que o Poder Legislativo elabore uma lei que regulamente a licença-paternidade no país. Isso se deve ao fato de que, até o momento, a licença-paternidade é garantida apenas por meio de uma disposição transitória na Constituição.

Além disso, a pesquisa revela que a maioria esmagadora dos entrevistados (83%) acredita que a licença-maternidade, atualmente de 120 dias, deveria ser estendida para 180 dias. Apenas 15% discordam dessa proposta.

Os empresários se destacam como o grupo menos favorável à ampliação da licença-paternidade, com apenas 67% de apoio. Da mesma forma, quando questionados sobre a extensão da licença-maternidade, apenas 65% concordam com a ideia.

Os mais jovens, independentemente do sexo, são os que mais apoiam a extensão do período de licença, tanto para os pais quanto para as mães. Entre os entrevistados de 16 a 24 anos, 83% concordam com a ampliação da licença-paternidade. No entanto, esse número cai para 67% entre as pessoas com 60 anos ou mais.

Em relação à licença-maternidade, 91% dos jovens de 16 a 24 anos consideram que ela deveria ser estendida, em comparação com 72% dos idosos com 60 anos ou mais.

A pesquisa foi conduzida nos dias 19 e 20 de março, entrevistando 2.002 pessoas em 147 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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