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15º Fórum do Milho debate problemas com doenças e pragas na safra 23/24 e apresenta perspectivas para o mercado

por Daiane Giesen
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Depois de três anos de estiagem, o Rio Grande do Sul teve um período de chuvas acima da média. Esse cenário favoreceu o aumento significativo de pragas e doenças e reduziu a produtividade na safra de milho 23/24. Este foi um dos principais temas abordados no 15º Fórum do Milho, realizado na tarde de segunda-feira, 4 de março, no Auditório Central da 24ª Expodireto Cotrijal.

O painel “O que aconteceu na safra 23/24 e como se preparar para a próxima safra”, que contou com a participação dos pesquisadores da CCGL Glauber Stürmer e Carlos Augusto Pizolotto, abriu a tarde de debates.

Pizolotto elencou as principais doenças que afetaram a cultura e disse que no cenário atual de monocultura o aumento de doenças é inevitável. Em sua apresentação, o fitopatologista destacou a necessidade de melhorar o controle genético e o manejo da cultura.

Stürmer apontou para uma queda na produtividade na última safra do milho. “Infelizmente tivemos danos significativos na cultura do milho, sendo que a cigarrinha do milho foi a principal praga que causou problemas”, relatou o entomologista.

Principalmente por conta das condições climáticas, foram encontradas diversas áreas problemáticas. “Se não tivermos um inverno rigoroso, a próxima safra tende a ser ainda mais problemática”, alertou.

O pesquisador também sinalizou a necessidade de que os produtores fiquem alertas ao aparecimento de uma nova praga, a cigarrinha-africana, muito similar à cigarrinha do milho já conhecida, mas com tamanho menor.

Estado pode atingir autossuficiência

Apesar de todos os problemas, que não contribuíram para alcançar o teto de produtividade do milho, a consultora de Gerenciamento de Riscos da StoneX Brasil, Sílvia Bampi, apontou que o Estado ainda deve colher uma das maiores safras dos últimos três anos, com uma produção de aproximadamente 5 milhões de toneladas.

No painel “Cenários e perspectivas para o mercado do milho”, mostrou que o Brasil está em primeiro lugar na exportação e em terceiro lugar na produção do grão. “Se o produtor gaúcho conseguir manter a realidade de área ou até expandir, e nós tivermos um clima favorável, o Rio Grande do Sul tem potencial para colher mais que 6 milhões de toneladas, tornando-se autossuficiente”, destacou Sílvia sobre a expectativa para a próxima safra.

Para o produtor Paulo Roberto Pritsch, de Rio Pardo, o fórum foi um momento para buscar soluções para superar o problema das pragas no milho. “Na última safra nós tivemos problemas de cigarrinha do milho, o que causou uma queda de produtividade em algumas variedades. Viemos buscar melhorias tecnológicas para tentar superar esse problema, porque temos a intenção de aprimorar e continuar aumentando as áreas de milho”, ponderou o produtor.

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