Um apagão na segunda-feira (12) no campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em Porto Alegre, desligou equipamentos, iluminações e refrigeradores, afetando estudos e trabalhos acadêmicos. As perdas em dinheiro ainda estão sendo levantadas, mas chegam à casa de milhões, conforme a universidade.
O deputado estadual Miguel Rossetto (PT-RS) foi às redes sociais denunciar que a Ufrgs estava sem energia devido ao rompimento de cabos causado por uma retroescavadeira da CEEE Equatorial. A companhia informou que o veículo pertence a CPFL.
Segundo o relato do parlamentar, anos de experimentos com animais e plantas foram perdidos, além de pesquisas sobre a Antártida com gelo. “O gelo derretendo na Ufrgs é só uma triste imagem da negligência dessa empresa (CEEE Equatorial)”, escreveu Rossetto na rede social X.
Ele ainda defendeu a instalação de uma CPI para investigar a prestação de serviços por parte da companhia de energia elétrica. “É inaceitável o que a CEEE Equatorial vem provocando no Rio Grande do Sul. É intolerável este nível de incompetência. Eles precisam responder. Só uma CPI pode obrigá-los.”
Defesa
Em nota, a CEEE Equatorial nega que a retroescavadeira seja de sua propriedade. “Em relação à falta de energia no campus da Ufrgs em função da obra de escavação executada pela empresa CPFL, a CEEE Equatorial informa que, consciente da urgência da situação, não mediu esforços para o restabelecimento da energia, desde a última madrugada, trabalhando em conjunto com a universidade. Informamos que, por volta das 13h30min, a CEEE Equatorial disponibilizou a rede e os técnicos da universidade, a partir daí, seguiram executando os serviços internos que eram necessários. O restabelecimento total da energia ocorreu às 19h, com a energização de todas as cargas internas.”
Já a CPFL informou que a “durante escavações para a obra de expansão da subestação Porto Alegre 6, houve a ruptura acidental de cabos, o que ocasionou a interrupção no fornecimento da linha de transmissão que atende a Ufrgs. A empresa está empenhada em resolver a questão o mais breve possível”.
Fonte: O Sul