A 6ª Coordenadoria Regional de Saúde promoveu uma reunião em Passo Fundo, onde municípios da região relataram problemas com o mosquito borrachudo. A Enfermeira Renata Kraemmer, coordenadora do setor epidemiológico da Secretaria de Saúde de Não-Me-Toque, e sua equipe participaram do encontro, destacando que a presença incontrolável do mosquito é observada em todos os municípios.
O evento, ocorrido na quinta-feira no auditório da Universidade em Passo Fundo, contou com a participação de municípios das três regiões, sendo um encontro informativo sobre o aumento da presença do borrachudo. Foi discutido o problema que afeta não apenas Não-Me-Toque, mas todo o estado do Rio Grande do Sul. Diversas espécies do borrachudo foram mencionadas, com ênfase na variedade conhecida como “marronzinho”, responsável por causar desconforto generalizado.
Durante a reunião, foram compartilhadas informações sobre as características do borrachudo, seu ciclo de vida, comportamento alimentar e manejo ambiental, incluindo considerações sobre a legislação. Alguns municípios ainda não aderiram ao programa estadual, enquanto Não-Me-Toque, embora participe há muitos anos, enfrenta uma situação atípica este ano, com aumento significativo das reclamações da comunidade.
Profissionais da saúde regional não identificaram uma única causa para a alta infestação deste ano. Fatores como a presença de uma nova espécie de borrachudo e desequilíbrios ambientais, incluindo excesso de chuvas, foram apontados como contribuintes para o aumento da população desses insetos.
Ao abordar o ciclo reprodutivo, os profissionais de saúde enfatizaram que, embora o final do período reprodutivo esteja próximo e a tendência seja de diminuição, estratégias para o controle futuro estão sendo discutidas. Ideias, incluindo a aplicação de BTI e abordagens diferentes, serão avaliadas e implementadas no próximo ano para garantir um controle mais eficaz.
Uma boa notícia é que o borrachudo não é vetor de doenças, conforme afirmou a enfermeira Renata. Apesar do desconforto causado pelas picadas, que podem resultar em reações alérgicas localizadas, o inseto não transmite doenças. Com base nas informações coletadas, a Secretaria de Saúde de Não-Me-Toque pretende elaborar um plano para conter melhor o avanço do inseto.