A decisão de Javier Milei de suspender por um ano qualquer propaganda oficial é uma mistura de corte de gasto com promessa de campanha, avaliam fontes próximas ao presidente da Argentina.
A primeira razão da medida, anunciada nesta manhã pelo porta-voz da Presidência, é a mais absoluta falta de recursos. “No hay plata”, repetiu Milei várias vezes durante a campanha. O país se prepara para um intenso arrocho fiscal.
A segunda é uma promessa de campanha, que remete ao liberalismo e também a bandeiras da direita de ataque à imprensa compartilhadas por líderes como Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Por princípio, Milei defende que as empresas de comunicação têm que sobreviver sem apoio do Estado, para evitar pressões editoriais indevidas.
Na campanha, Milei também criticou o que chama em espanhol de “ensombrados” — jornalistas “de envelope”, que seriam supostamente pagos para defender um espectro político.
Milei prometeu ainda acabar com os canais públicos de informação como a C5N, uma TV pública com programação fortemente kirchnerista.
No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro também havia se comprometido a fechar a EBC na época da campanha eleitoral, mas voltou atrás.
Fonte: CNN