No segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, a abstenção foi de 32%, com um em cada três inscritos ausentes, totalizando mais de 3,9 milhões de pessoas que não compareceram aos locais de prova em todo o país. Essa taxa foi a mesma registrada no segundo domingo do Enem 2022. No primeiro dia de provas deste ano, a abstenção foi de 28,1%, e a média histórica gira em torno de um terço dos inscritos.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a necessidade de aumentar o número de inscrições e diminuir as abstenções como prioridade para o próximo ano, apesar de reconhecer a tendência histórica.
No segundo dia de provas, 2.217 participantes foram eliminados por diversos motivos, como portar equipamentos eletrônicos, materiais impressos, desrespeitar as orientações dos fiscais ou sair antes do horário permitido. Além disso, foram registrados 859 problemas logísticos, incluindo emergências médicas e interrupções temporárias de luz ou abastecimento de água.
Uma questão sobre a gripe causada pelo vírus H1N1 foi anulada devido à falta de ineditismo, pois já havia sido aplicada em uma edição anterior do Enem para pessoas privadas de liberdade. Isso, no entanto, não afeta o resultado do exame.
O Ministério da Educação identificou um vazamento de foto de um dos cadernos antes do horário permitido, sem prejudicar a aplicação do Enem. A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso.
No domingo, a PF identificou oito suspeitos de vazar a prova no primeiro dia do Enem, mas nenhum vazamento foi confirmado antes do início do teste no segundo dia.
Estudantes prejudicados podem solicitar a reaplicação das provas até sexta-feira (17) através da Página do Participante. A reaplicação ocorrerá nos dias 12 e 13 de dezembro.